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Programa nacional ‘Fluxo do Eixo Cuidado’ é lançado no Acre

Fluxo do eixo cuidado - F.Alexandre NoronhaO Fluxo do Eixo Cuidado, do Programa ‘Crack, é Possível Vencer’, foi lançado na manhã de ontem, 28. O programa é uma ação nacional de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas, coor-denado pelo Ministério da Justiça, em parceria com a Secretaria Nacional de Políticas Públicas (Senad). O Acre foi o 4º Estado a aderir ao programa e é coordenado pela Secretaria Estadual de Segurança Pública.

Em forma de oficina, o fluxo será repassado para várias instituições, proporcionando um nivelamento de informações atualizadas acerca dos serviços prestados às pessoas em situação de uso, abuso e dependência do crack e de outras drogas. Irá ampliar e qualificar a oferta de serviços voltados às situações que envolvem usos prejudiciais de drogas e apoio integral aos usuários e suas famílias.

De acordo com Reni Graeb-ner, secretário estadual de Segurança Pública, o trabalho é integrado e articulado nas políticas públicas de cuidado, autoridade e prevenção. “O trabalho está focado também na prevenção e não só no combate às drogas, procurando minimizar os efeitos e buscar os cuidados. A polícia vai entrar apenas para dar o apoio à assistência social e a saúde para dar um bom tratamento às pessoas que necessitam. Eles serão tratados como doentes, e não como criminosos dentro desse programa. São 8 fluxos que o Ministério da Justiça e da Saúde direcionou para mostrar a forma que o usuário deve passar por um tratamento, com todos os procedimentos de cada caso. As pessoas estão em situações vulneráveis, cometendo crimes e abandonadas, precisando de ajuda. Além disso, iremos trabalhar no Preventório e no Papoco, onde o programa será implantado como plano piloto. Terá uma base de polícia comunitária com câmeras, que irão ajudar em todo o trabalho, além de proteger a população. As áreas foram escolhidas por conta da mancha criminal e ocorrências, que indicaram que esses locais são os mais críticos da cidade”.

Mário Helder, residente do Conselho Estadual de Entorpecentes (Conen), afirmou que o fluxo irá distinguir o tratamento de cada pessoa. “Tínhamos um grande problema. Não existia o fluxo de atendimento e hoje, com a criação e construção, é possível enfrentarmos o crack. O fluxo irá dar condição para sabermos onde encaminhar essas pessoas e como iniciar o tratamento. Irá nortear todo o processo de atendimento. Acabar com as drogas é uma utopia. Ela continuará existindo, mas o que temos de fazer é evitá-las. Já conseguimos avançar com o cigarro, com a bebida alcoólica e agora com as drogas. É uma questão de conscientização”.

Os espaços para receber os dependentes já estão preparados, disse Fábio Fabrício, coordenador do Comitê Municipal de Enfrentamento ao Crack. “As nossas estruturas tanto do ponto de vista da política pública de Saúde quanto da política pública de Assistência Social irão atuar diretamente nesses espaços, fazendo abordagem social e a identificação dessas pessoas, se há ou não vínculo familiar e encaminhar aos nossos serviços, que são o Creas e ao Centro Pop, que é especializado para a população de rua e o albergue, que é conveniado à entidade Jocum e irá abrigar e acolher essas pessoas que já passaram pelo tratamento. Temos uma estrutura de psicólogos, assistentes sociais e recursos humanos”, concluiu.

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