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Fotógrafo Antônio Alcântara é enterrado hoje em Salvador

680562 448296018563708 243784473 oO corpo do fotógrafo Antônio César Torres de Alcântara será enterrado hoje em Salvador, terra onde nasceu há 58 anos. Vítima de enfisema pulmonar e de um AVC, Alcântara morreu no Hospital das Clínicas no fim da tarde de segunda-feira.

“Quando voltar de Salvador, vou me empenhar em fazer uma exposição com as fotos do último trabalho dele, feito em Cuzco”, afirma o filho do fotógrafo, Augusto César Torres de Alcântara, de 19 anos. Intitulado Rei Sol, o trabalho reúne mais de 600 imagens.

Alcântara (como era mais conhecido entre os amigos) era mais que um fotógrafo. Pelos relatos dos amigos, percebe-se a construção da figura de um ativista cultural. Inquieto. Sincero ao limite. Ranzinza, até.

Chegou ao Acre em 1987 e colocou no teatro uma parte de sua arte. Como coreógrafo, atuou em peças regio-nais ao lado de artistas como o Palhaço Rufino. “Ele era dono de um humor inteligente”, diz Rogério Curtura, que concebeu a personagem Rufino.

Como fotógrafo, um dos trabalhos mais lembrados de Alcântara e que teve maior repercussão foi a série “Seringueiros”. Um conjunto de imagens que conta uma parte da relação do universo do homem extrativista. Seu mundo. Sua cultura.

Reunidos na Capela São João Batista, Salete Torres de Assis (mãe de Augusto) e amigos de Antônio Alcântara. À beira do caixão, nada de rezas e ladainhas. Somente relatos das histórias. Na fala do maestro Romualdo Medeiros, “perdemos um amigo”.

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