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Justiça concede habeas corpus a pecuaristas Assuero Veronez e Adalho

O desembargador Francisco Djalma da Silva concedeu habeas corpus aos pecuaristas Assuero Doca Veronez e Adalho Cordeiro, acusados de utilizar uma rede de exploração sexual de adolescentes. A desembargadora Denise Bonfim já havia negado o benefício alegando falta de documentação que comprovasse a inocência dos dois.
PecuaristasAssuero Veronez e Adalho seriam clientes da rede que aliciava menores
Os advogados renovaram o pedido de concessão do benefício. Desta vez, o processo caiu nas mãos do desembargador Djalma que entendeu ser a documentação comprobatória e suficiente para liberar os dois acusados.

O terceiro acusado de fazer uso da rede de exploração sexual de adolescentes, cujo nome não foi informado oficialmente, também deve ter o benefício de habeas corpus deferido. O processo também está sob responsabilidade do desembargador Francisco Djalma.

A assessoria técnica do próprio Tribunal de Justiça já havia calculado que a avaliação do pedido do benefício só seria feito na semana que vem. Presos na última sexta-feira, Assuero Veronez e Adalho Cordeiro devem responder o processo em liberdade.

Em entrevista coletiva realizada ontem pela manhã, os integrantes da Delegacia Especia-lizada de Combate ao Crime Organizado (vinculada ao Ministério Público do Estado do Acre) tentaram explicar como transcorreram as investigações.

Não conseguiram detalhar, no entanto, quais critérios foram utilizados pelo juiz da Segunda Vara da Infância e Juventude, Romário Divino, para só expedir mandado de prisão de três pessoas quando a Polícia Civil e a Decco pediram a prisão de 12.

A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça informou que o juiz entrou de férias e deve se dedicar ao caso apenas no dia 20 de novembro, quando o inquérito deve ter outros elementos para serem avaliados.

Confederação Nacional de Agricultura afasta Assuero
A Confederação Nacional de Agricultura (CNA) resolveu afastar de imediato Assuero Doca Veronez, vice-presidente do órgão, até que as investigações policiais sejam concluídas. Em nota divulgada na última sexta-feira, 2, a diretoria da CNA declara que repudia “a exploração sexual de menores e considera indefensável o envolvimento de qualquer cidadão com a prática de crimes desta natureza”.

Confira a íntegra da nota:
A diretoria da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) cumpre o dever de informar o afastamento imediato, deste colegiado, do presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Acre, Assuero Doca Veronez. Ele permanecerá afastado até que sejam concluídas as investigações policiais sobre suposta rede de prostituição de menores.

A CNA repudia a exploração sexual de menores e considera indefensável o envolvimento de qualquer cidadão com a prática de crimes desta natureza.
Brasília, 2 de novembro de 2012
 
Assessoria de Comunicação da CNA

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