Tirando os laços sentimentais, o que une uma família? Em muitos dos lares brasileiros, a maior ligação para manter as famílias morando debaixo do mesmo teto é a ‘motivação econômica’. De fato, conforme dados divulgados anteontem, 28, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), há cerca de 63,7 milhões de domicí-lios/casas no país, das quais 2,8 milhões delas (ou 4,4%) são resididas por famílias completas (em 2001, este número era quase 2 vezes maior, em 7,4%). Destas, em 49,2% (ou 1,37 milhões) de casas as famílias estão juntas por motivos econômicos.
No Acre a realidade é um tanto diferente da nacional, destoando no perfil familiar. De acordo com o estudo do IBGE, das famílias acreanas que moram totalmente juntas, a justificativa para a união delas sob o mesmo teto é a ‘vontade própria’ em 56,6% dos casos, enquanto o aspecto financeiro pesa na outra parcela delas (em 43,4%). O Acre tem a 2ª melhor taxa nacional cujo lado da ‘disposição familiar’ supera o ‘econômico’, perdendo apenas para o Mato Grosso (60,2%).
Ainda de acordo com o Instituto, estes núcleos familiares são compostos, em média, por famílias de 2,6 pessoas em todo o país. No Acre esta média é de 3,2 pessoas por família. A maioria das famílias são compostas por mães que vivem só com os filhos (sem o famoso ‘homem da casa’, que geralmente já estão em suas segundas famílias, ou até ‘mais adiante’).
Enquanto o número de casas com famílias diminui, um fenômeno social crescente é o de pessoas que moram sozinhas. No Brasil, tal índice (tendência) subiu 35,6% nos últimos 10 anos. Dos 63,7 milhões de casas no país, 7,9 milhões delas (12,4%, já quase o triplo do percentual de famílias completas) são de ‘moradores solitários’. O IBGE não divulgou o número de acreanos morando só, mas é estimado que ele se aproxime da média nacional (cujo índice é de 12,4%).
Vale destacar que todos os dados são referentes ao ano de 2011, quando o IBGE fez a pesquisa.