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Mapeamento do Setor das Artes Cênicas para a Infância e Juventude é realizado no Acre

 A Cia Boto-Vermelho Produções Artísticas realizou, em Rio Branco, o Mapeamento do Setor das Artes Cênicas para a Infância e Juventude no Brasil. O projeto, que tem o patrocínio da Petrobras Distribuidora, irá conhecer os produtores teatrais que realizam atividades direcionadas a plateias infanto-juvenis no Brasil. Esta identificação facilitará na divulgação de projetos direcionados a esse público.

 Serão realizados encontros com a classe artística em todos os Estados, onde os projeto serão apresentados. O instrumento de mapeamento será um questionário com 20 itens e subitens que possibilitarão a configuração do universo de produtores culturais localizados em cada local.

 Ricardo Schöpke, diretor, ator, produtor teatral e responsável pelo projeto explicou como o projeto foi iniciado. “Há 25 anos trabalho com teatro e há 20 tenho a companhia Boto Vermelho, que tem a preocupação em estar denunciando e deflagrando questões importantes para o país. Em 1995 fundei no Rio de Janeiro o Centro de Brasileiro de Teatro da Infância e Juventude, que trabalha com a preservação do teatro, a qualidade, pedagogia, sensibilidade, tratamento e a relação pública nas questões dos editais de cultura. Desde então, venho fazendo parte de movimento importante para poder trabalhar isso. Estou rodando pelo país com esse projeto, que nasceu em 2011”.

 Um encontro com a classe artística, apresentação do projeto e conversa sobre a situação atual do teatro para a infância e juventude do Acre foi realizado. “O Brasil mudou sua postura, a cultura está forte. O mapeamento tem como objetivo entender, fazer um raio-x em cada Estado brasileiro, conhecendo cada realidade. Vamos entender como é a logística, estrutura de espaços teatrais, patrocinadores, secretaria estadual e municipal de cultura, verificar se os artistas tem acesso à Lei Rouanet, que institui politicas públicas para a cultura nacional, como uma questão de enquadramento. Nesse ano de 2012, o Acre tem captado até hoje R$ 264 mil em recursos. Isso é muito pouco. A desigualdade entre os demais Estados é grande. Existem empresas aqui que poderiam dar uma atenção maior com patrocinio. Estamos analisando essas questões para fazer um panorama e poder entender as necessidades daqui”, explicou o diretor.

 Os dados apresentados a partir dos questionários serão compilados em um catálogo que será distribuído para todos os órgãos governamentais que possuam setor de artes cênicas, bibliotecas públicas federais e principais empresas patrocinadoras de arte no Brasil, afirmou Ricardo. “Encontramos algumas dificuldades com algumas companhias de alguns Estados, que não acreditam no que nós falamos. O mapeamento irá virar um catálogo, com todas as companhias do Brasil catalogadas e com os quantitativos, gráficos, com todos os dados e em todos os segmentos. O mapeamento é aberto para todos e só não mapeia quem não quer. Tudo é permitido nas artes, as pessoas podem trabalhar por várias vertentes”.

 Ricardo disse que irá se reunir com a classe para passar o mapeamento e em breve trazer ações, festivais, mostras e intercambio cultural. “Estamos buscando um edital só para o teatro da infância e juventude, com investimentos para distribuir entre todas as companhias do país. Vamos lançar os catalogos nos Estados e vamos analisar, conversar sobre melhorias através desse material científico. Serão assinados e após publicados a globalização dessa idéia. Esse é o primeiro mapeamento no Brasil desse setor, é inédito e agora todos irão poder entender quantas companhias foram enquadradas e captadas. Cada empresa brasileira, ao abrir o edital, deverá defender essa idéia e apoiar”.

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