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Morre o caçula da guarda territorial Manoel Façanha

FacanhaParte da história da família Façanha deixou a terra e subiu aos céus. Vítima de insuficiência pulmonar, faleceu no último sábado, Fernando Correia Tavares, 70 anos, filho caçula do saudoso guarda territorial do Acre, Manoel Façanha Tavares, um retirante cearense que deixou muita saudade e um legado de belas poesias para aqueles que acostumavam o escutá-lo nas décadas de 1950- 1960.
Fernando Tavares, também conhecido como Façainha, era considerado um mestre entre marceneiros das décadas de 1970-1980. Na profissão que abraçou para o sustento da família, ele desempenhou com ética e muito profissionalismo.

– Era um profissional requisitado. Tinha um acabamento perfeito, além de muita criatividade, diz o sobrinho Francimar Façanha, que também o apelidara de professor Pardal, isso pelo fato de criar de um simples pedaço de madeira algum tipo de engenhoca para facilitar seu dia a dia.

Entre os familiares era muito querido. Sempre estava rodeado dos filhos, sobrinhos e netos.

– Sabia agradar como ninguém. Era inteligentíssimo e tinha opinião própria, além do bom papo e conhecer como poucos a história da sociedade acreana das décadas de 1960 e 1970, explica o sobrinho, o historiador e geógrafo da Universidade Federal do Acre, Domingo Almeida Neto.

Fernando deixa oito filhos, oito netos e três bisnetos. Era aposentado do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Durante seu velório, ocorrido sábado e domingo na capela São Francisco, recebeu a visita de muitos amigos e familiares.

Entre os filhos do primeiro casamento ele deixa os bancários Rômulo Afonso (Caixa Econômica) e Manoel Façanha (Itaú Unibanco), o segundo ainda editor de Esporte de O Rio Branco. Maria do Socorro, Fernanda, Fernando, Neilson, Andria e Andresa completam o time de filhos deixado na terra por Fernandinho.
– Rômulo Afonso, primogênito de Fernando Tavares, diz que o pai deixou ensinamento importante aos filhos e netos e demais pessoas que o cercavam.
– Meu pai era tipo de pessoa que bastava olhar, para os filhos entender o certo ou errado, diz Rômulo.
Fernando, agora, vai ao encontro do Pai celestial, dos irmãos João, Façanha, Maria, Edil, além de seus pais e muitos amigos, entre eles, o seu compadre de muitas jornadas tenente Deca.

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