X

Operários de obras do MPF realizam manifesto por salários atrasados

Operários que trabalharam na construção do edifício sede do Ministério Público Federal do Acre (MPF/AC) realizaram, na manhã desta quinta-feira, uma manifestação em frente à obra do prédio. A empresa Macrobase Engenharia, Comércio e Serviço LTDA era a responsável por executar obra, que iniciou em março deste ano.

No mês de setembro, foram demitidos cerca de 70 operários, sob o decreto de falência da empresa. Há semanas os ex-funcionários procuram os responsáveis pela a empresa para receber os salários atrasados e benefícios, já que todos trabalhavam com a carteira assinada.
Mas, segundo o pedreiro Raimundo de Carvalho, ninguém é recebido na obra.

“Trabalhamos, viemos receber e eles fecharam o portão e não nos atendem. Trouxe a minha documentação para fazer o acerto e me deixaram aqui no meio do sol. Temos família, contas para pagar e preciso desse dinheiro. Temos que ser tratados como seres humanos, eles devem fazer isso. Quando foi para começarmos as obras, foi tranquilo. Agora quando a gente saiu, eles não deixaram nem a gente entrar mais na obra e o telefone também não atendem”.

José Aldemar, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Acre (STICCEA) disse que isso se trata de um golpe. “Procuraram o sindicato para informar que a empresa estava tentando dar esse golpe. Há alguns anos atrás empresas que vieram de fora fizeram a mesma coisa, não é a primeira vez. Fomos verificar e há pessoas que tem a recisão desde setembro sem receber. A empresa deu aviso prévio de quase todos os funcionários e os chefes locais foram embora”.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) foi procurado para garantir o direito dos ex-funcionários. “Impetramos um mandado de segurança no MPT para que os recursos repassados para a empresa sejam bloqueados, garantindo os direitos trabalhistas do operário, que são a recisão, pagamentos atrasados, entre outros. Estamos aguardando o resultado. Todos estão demitidos e com os avisos vencidos. A empresa só informa que terá uma decisão, mas nada acontece. Queremos pressioná-los para resolver esse problema”.

Categories: Geral
A Gazeta do Acre: