Desde o dia 05 de outubro servidores do Tribunal de Justiça do Acre (TJ/AC) paralisaram suas atividades. Apesar de radicalizar o movimento com ameaças de greve de fome e realizar uma passeata simulando estar acorrentados, o Plano de Cargo, Carreiras e Remuneração (PCCR) não foi aprovado.
De acordo com Queffren Licurgo, diretor administrativo do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Acre (Sinspjac), eles irão verificar o que fazer a partir de agora. “A diretoria do sindicato esteve presente em uma reunião com o presidente do TJ Adair Longuini, para verificar se há alguma nova posição para sabermos qual direcionamento iremos tomar. Aguardamos muito tempo, realizamos um movimento na quarta-feira em uma passeata pela cidade, fizemos um ato de acorrentar a deusa da justiça. A nossa manifestação chamou a atenção”.
O plano teria sido aprovado pelo desembargador Adair Longuini, mas foi modificado, disse o servidor. “A nossa greve não é só por salários, essa questão já está resolvida. A paralisação é pela nossa carreira, nós temos servidores com mais de 20 anos de carreira que irão ganhar a mesma coisa das pessoas que irão entrar no tribunal ano que vem, pelo concurso que está sendo realizado. Eles modificaram totalmente nosso PCCR, tudo o que o servidor abriu mão permaneceu e o que o tribunal abriu mão, eles tiraram”.
Dos 1500 servidores, apenas 30% está trabalhando. “Todos os serviços foram afetados. Quando há uma quantidade reduzida de servidor não se consegue fazer tudo. A semana de conciliação, intimações, audiências e mandados normais foram afetados. Alguns bombeiros estão cumprindo os mandados, mas eles não têm a experiência de um oficial de justiça”, concluiu Queffren.