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Temporal causa grandes estragos na capital

TemporalPor volta das 21 horas do último domingo (11), uma violenta tempestade atingiu a capital, deixando vários estragos pela cidade. O choque de uma frente subtropical com o ar quente e úmido causou uma chuva intensa com tempestade de raios e ventos fortes, que chegaram a 86 km/h. Vários pontos da capital ficaram alagados.

Mais de 50 ocorrências foram geradas no Corpo de Bombeiros, mas apenas 22 puderam ser atendidas, explicou o Major Eudemir. “Foram muitas ocorrências e muitas deixaram de ser atendidas, tendo em vista que nós só temos três batalhões e realizamos os atendimentos simultâneos. Em todas essas chuvas desse tipo temos várias chamadas, é muito comum durante o período”.

O major explicou que as pessoas podem evitar grandes problemas durante as chuvas fortes. “Nós temos um grande problema com as árvores. As pessoas plantam e pensam que não irá crescer, criando o perigo futuro. Tem que ser evitado plantar próximo às residências, pois podem cair em cima das casas. Outro problema é contruir em baixadas, onde a água das chuvas não tem a vasão suficiente e alagam. O lixo também contribue para a alagação, as pessoas jogam nas ruas e acabam entupindo os bueiros. Vamos preparar pessoas da comunidade para executar as podas de árvores. Hoje temos 400 pedidos de corte de árvores. A pessoa tem que ser treinada. Temos autorização, mas o problema é quem vai executar esse corte, nosso efetivo é pequeno”.

No bairro Ivete Vargas o muro de um galpão que pertence à Albuquerque Engenharia caiu e atingiu uma casa. Jânio Ferreira, proprietário da residência, mora há 40 anos no local e afirmou que não é a primeira vez que isso acontece. “É a terceira vez que esse muro caiu e a sorte que só sofremos danos materiais. Tomei um susto e não consegui mais dormir, porque isso podia deslizar ainda mais e derrubar a minha casa. A gente já vem avisando há bastante tempo, mas parece que eles estão esperando acontecer alguma trajédia, que esse muro atinja algum morador. Várias crianças passam o dia brincando nesse local que ele caiu. Esse muro que eles fizeram não suporta a água da chuva. Uma providência tem que ser tomada, nós estamos lidando com vidas. Já os procurei várias vezes. Fizeram esse muro e disseram que ele não cairia mais. Quando o vento está forte, o galpão balança todo. Em cima, no sotão, tem um monte de ferro. Se cair, o estrago será feio. Se chuver mais uma vez, isso vai tudo para baixo, pois o que segurava era o muro”.

A reportagem do A GAZETA procurou a Albuquerque Engenharia para falar sobre o assunto, mas foi informada que no momento os responsáveis pela empresa não estavam presentes.

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