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Padrasto faz enteada de refém e exige presença da esposa

Teria sido uma manhã normal onde um pai busca a filha na escola, mais o pai é na verdade “padrasto” e ainda estava armado com duas facas.

Depois de discutir com a esposa, identificada como Lisa, a mesma saiu com a filha caçula, um bebê de pouco mais de um mês, filha legítima do casal. Welington de Souza da Silva, 30 anos, resolveu ir até a escola da enteada, uma criança de 6 anos, chamada Vitória, de posse de duas facas e retirou a criança da instituição de ensino. Professores e alunos ficaram desesperados e chamaram a polícia. Welington, conhecido no mundo do crime como “vassourinha”, levou a criança de apenas 6 anos para a residência do casal, onde a manteve refém durante mais de uma hora.

“Vassourinha” ameaçou o tempo inteiro a criança com duas facas tipo peixeira, encostando o objeto no pescoço e na cabeça da vítima. Com a chegada da polícia, mais especificamente do Batalhão de Operações Especiais, “BOP”, sob o comando do Tenente Farias, as negociações tiveram início e logo toda a área foi cercada e os populares afastados do local, para que não atrapalhassem a atuação da policia. O comandante do 3° Batalhão assim como policias específicos na área de negociação também chegaram ao local para ajudar, mas o BOP permaneceu na linha de frente, tendo em vista que o primeiro contato foi feito com o Tenente Farias onde foi firmado um laço de confiança entre policial e autor.

 A exigência de Welington era pela presença da esposa. Indignado, o rapaz disse à polícia que Lisa era muito ciumenta e provocava muitas brigas, mas o estopim para o descontrole dele teria sido uma briga recente, onde a mesma teria lhe chamado de vagabundo e outras palavras de baixo calão. A mãe de Welington também foi até o local, mas teve que ser retirada pela polícia, tendo em vista que o rapaz ficou ainda mais irritado com sua presença e ainda a acusou de ter roubado seu dinheiro. A mãe por sua vez, chegou ao absurdo de pedir para a polícia atirar e matar o próprio filho, dizendo que ele é um problema para a família.

“Ele, além de ter problemas na cabeça e tomar remédio controlado, ainda usa drogas e fica completamente louco. Tem que matar esse desgraçado”, disse a própria mãe do rapaz que foi rapidamente afastada do local para não atrapalhar as negociações.

 Com a chegada da esposa, que carregava no colo a filha caçula do casal, uma menina de pouco mais de um mês, Welington passou a agredir verbalmente a esposa e também a ameaçar os policias.
Ele queria que a esposa entrasse na residência para conversar, o que não foi autorizado pela polícia. Por várias vezes ele ameaçou se jogar pela janela e se entregar. Chegou a abrir a porta várias vezes para esposa entrar, mas em seguida batia a porta com força e voltava a ameaçar a pequena Vitória com a faca pela janela.

 Irredutível em suas exigências e sem querer colaborar com a polícia, Welington obrigou a polícia a montar uma estratégia de invasão. O que foi feito pelos policiais do BOP e Choque da policia militar.
Enquanto ele era distraído com conversas pela janela da frente, os policias entraram por trás da casa e efetuaram um disparo de arma não letal, uma Taser, imobilizando o rapaz e resgatando a refém.
No momento do disparo, os policias que estavam na frente da residência também arrombaram a porta e entraram para dar apoio.

 A criança foi retirada ilesa das mãos de seu algoz e carregada por um policial, foi levada para a ambulância do SAMU e posteriormente encaminhada para o NUCRIA, onde o caso foi registrado.
Minutos depois, Welington, já devidamente imobilizado na prancha móvel do SAMU, também foi encaminhado para unidade de saúde específica para deficientes mentais.

 De acordo com testemunhas e confirmado pela própria polícia, Welington já tem passagem pela polícia por tentativa de homicídio, além de várias outras por violência doméstica, onde foi enquadrado na lei Maria da Penha. Welington, apesar de ter se auto flagelado, efetuando vários cortes de faca no próprio corpo, passa bem e deverá responder por sequestro e ameaça.

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