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Panfletos alertam para “símbolos” usados por gangues em Rio Branco

Panfletos entregues na capital e divulgados em redes sociais alertam a população, principalmente que moram em casas, para terem mais cuidados com a segurança de suas residências. Grupos de assaltantes estão utilizando alguns símbolos, pintados em portões e muros, que dão coordenadas dos horários e dias que não há ninguém, a fim de realizar o roubo nos locais.

O símbolo [b]^significa que a residência é fácil de assaltar pela manhã; -> = fácil de assaltar à tarde; V = fácil de assaltar pela noite; ? = estão foram, mas há dificuldade; 7 = casa vazia em julho (o número representa o mês); ?+ = idoso sozinho todo o dia.

Segundo o Coronel Mário César, comandante do policiamento operacional de Rio Branco, casos ainda não foram registrados na capital. “Aqui em Rio Branco não temos o conhecimento de que esteja ocorrendo. Não recebemos nenhuma denúncia ou registro de ocorrência. Está acontecendo em outros Estados. Normalmente isso é feito por uma quadrilha, um grupo organizado. Há alguns anos atrás aconteceu algo parecido aqui”.

Antes de realizar um assalto à uma residência, o meliante faz um planejamento. “Uma coisa certa é que o ladrão, quando vai roubar uma residência, tem a oportunidade que é deixada pelos próprios habitantes da casa, um portão aberto, coisas expostas. O meliante faz uma avaliação de risco, um estudo, não vai assaltar de qualquer forma. Ele observa se há possibilidade de obter lucro. Um planejamento é feito e a rotina das pessoas que moram na casa é analisada. Eles sabem dos horários, dos objetos que interessam e aproveita o melhor momento”, explicou o coronel.

A aliança entre os vizinhos deve ser frequente, pois pode evitar que assaltos aconteçam. “Conversamos com a comunidade e alertamos que é necessário ter mais solidariedade. A polícia faz um trabalho ostensivo de abordagens, barreiras, blitzs, operações, mas isso não é suficiente. Muitas vezes o morador não conhece o vizinho, que é uma pessoa que poderia na ausência estar olhando a casa e ao ver algo errado, uma mudança de rotina, ele estaria entrando em contato com o proprietário e com a polícia. Se acontecesse isso, esses fatos poderiam ocorrer menos”, frisou Mário.

A população também deve tomar alguns cuidados e prevenções, afirmou o coronel. “Se criarmos uma rede de proteção onde moramos, conseguimos evitar os assaltos. É necessário que a empregada, filho, esposa ou alguém que fique em casa sejam orientados. Normalmente não tomamos esses cuidados. Só pensamos no que poderia ter evitado depois que acontece algo. É importante criar uma rotina de segurança interna, dificultando a oportunidade do ladrão, que irá procurar outro lugar. Casa murada, cerca elétrica, cachorro é um investimento que vale a pena, mas ne todos tem condições. Os que não podem arcar com esses custos, devem pedir o apoio dos vizinhos. A sociedade hoje está muito isolada”.

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