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Polícia prende homem que matou outro e fez crânio da vítima um troféu

EsqueletoAgentes da Polícia Civil do município de Porto Acre, distante cerca de 80 quilômetros de Rio Branco, comandados pelo delegado Carlos Bayma prenderam na manhã desta quarta-feira, 7, José Roberto do Nascimento Ribeiro (30), o ‘Beto’, acusado de crime de assassinato, ocultação de cadáver e ameaça.

De acordo com informações da polícia, em 2010, José Roberto matou a tiros um homem identificado apenas pelo apelido de ‘Zeca’. Após o crime, Beto teria enterrado o corpo da vítima em uma cova rasa, depois de algum tempo teria desenterrado a ossada e levado para outro local, onde enterrou parte da ossada separando o crânio que levou para a cidade onde usou com troféu.

O crime teria ocorrido em uma colônia, localizada entre os quilômetros 6 e 7 do Projeto Porto Alonso.

Segundo o que a polícia apurou em 2010, José Roberto, morava em companhia de um amigo identificado pelo apelido de Zeca e uma mulher identificada pelo nome de Ana Claudia.

Um determinado dia durante uma discussão entre Zeca e Ana Claudia, a mulher teria sido ferida com o golpe de foice que atingiu o joelho desferido por Zeca.

Na ocasião José Roberto teria socorrido Ana Claudia fazendo um curativo, o que provocou ciúmes de Zeca.

Durante uma discussão entre os dois, José Roberto de posse de uma arma de fogo efetuou dois tiros em Zeca que morreu.

Em seguida Beto teria arrastado o corpo para um matagal onde enterrou em uma cova rasa e abandonou o local em companhia de Ana Claudia.

No início do ano de 2011, Ana Claudia estaria morando em Rio Branco e em uma noite de Carnaval, ela foi assassinada a golpes de faca e pauladas em uma área próxima ao Mercado Elias Mansour, no Centro da cidade.

Acusado desenterra ossada e leva crânio como troféu do crime cometido – Após a morte da mulher, José Roberto retorna para a propriedade em que morou com o amigo e Ana Claudia, no Projeto Porto Alonso e decide desenterrar a ossada de Zeca.

Para isso teria pedido ajuda a um adolescente de 16 anos, para quem contou o crime cometido e a intenção de desenterrar a ossada.

Em depoimento à polícia o menor contou que aceitou ir até o local onde o corpo de Zeca havia sido enterrado, mas ao chegar ao local Beto encontrou somente a ossada e teria ameaçado o menor de morte e o obrigando a ajudar a desenterrar.

“Ajudei por que não existia mais corpo somente a ossada, mas me arrependi depois, por que ele ficou me ameaçando de morte e dizendo que faria o mesmo comigo caso eu contasse para alguém o que ele tinha feito com o Zeca”, afirmou o menor em depoimento.

Segundo o menor após desenterrar a ossada, José Roberto decidiu que enterraria novamente parte da ossada. “Alguns ossos grandes ele enterrou próximo à primeira cova, os menores em outra cova e o crânio ele colocou dentro de uma sacola e levou para a cidade”, contou o adolescente.

“Troféu” macabro era usado para ameaçar inimigos e intimidar vizinhos

No final do mês de maio deste ano moradores do Projeto Porto Alonso encontraram parte de uma ossada humana enterrada por Beto e o menor.

A época suspeitou-se que a ossada encontrada pudesse ser do estudante Fabrício Costa, desaparecido em 2009.

A ossada foi encaminhada para o Instituto Médico Legal (IML) de Rio Branco, para ser  periciada. E a polícia iniciou investigação para descobrir se a ossada encontrada poderia ser do estudante desaparecido ou de algum morador da região, para isso faltava encontrar o crânio.

A partir do achado da ossada humana, José Roberto passou a ameaçar o menor afirmando que se ele contasse a alguém sobre o que teria visto seria morto.

Cansado das ameaças o adolescente resolveu procurar a polícia e contar tudo que sabia sobre o caso e confessou participação no transporte do crânio para a cidade levando a polícia ao local onde havia enterrado o crânio cumprindo ordem de José Roberto.

A polícia foi ao local indicado pelo adolescente e encontrou em um terreno no bairro José Galdino, o crânio que seria da ossada humana encontrada no início do ano.

Após o achado o delegado Carlos Bayma conseguiu prendeu José Roberto quando se preparava para retornar para a zona rural, local onde havia cometido o crime.

Na delegacia o acusado negou a autoria do crime, mas novamente ameaçou o adolescente de morte.

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