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Acre ‘disputa’ com o Amazonas o título de maior produtor de castanha do Brasil

Em algumas coisas o Acre é considerado um estado de pouca representatividade nacional, mas em outros quesitos o Estado é de grande importância para o Brasil, inclusive com participação pioneira. No plantio e no mercado de castanha-do-pará e outros produtos não madeireiros, por exemplo, o Acre é absoluto. É isso que mostra a pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (mais conhecida como PEVS), edição 2011, divulgada na manhã de ontem, dia 6, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (o IBGE).

De acordo com os dados do estudo, o Acre é o segundo maior produtor de castanha-do-pará do país, tendo produzido em 2011 um volume de 14.035 toneladas. Com tal produção, o Acre ficou bem ‘colado’ com o 1º estado, o Amazonas, que teve uma produção surpreendente de 14.661, isto é, 626 toneladas (4,46%) acima do desempenho produtivo acreano. Já mais longe do Acre e do Amazonas, o 3º lugar na lista dos maiores produtores da castanha ficou com o Pará, com uma produção de 7.192 toneladas.

Do perfil produtivo da castanha-do-pará no Brasil, os 20 maiores municípios produtores concentram quase três quartos (74,3%) do montante produzido no país. Da lista dos 20 polos produtivos, o Acre tem 7 cidades incluídas (Brasiléia, Rio Branco, Xapuri, Sena Madureira, Senador Guiomard, Bujari e Capixaba). Amazonas também tem 7 municípios na lista (inclusive, a 1º no ranking, que foi Beruri, produtor de 6,1 mil toneladas. Brasiléia é a 2ª maior produtora regional – e nacional – com um volume de 3.880 toneladas). Já o Pará tem 4 cidades e Rondônia fecha a lista com 2 cidades.

Entre 2010 para o ano passado, a produção nacional de castanha-do-pará cresceu 4,4%, saindo de 40.357 t para 42.152 em 2011 (1.795 tonelada a mais). Segundo o estudo, este crescimento no mercado de castanha se deve à alta na procura de empresas de comércio exterior que buscam o produto para atender a demanda internacional deste alimento. A produção total da castanha, conforme a PEVS, é responsável pela geração de R$ 69,4 milhões em renda para o Brasil.

Os produtos madeireiros  – A produção da castanha é caracterizada como ‘não madeireira’. Da Silvicultura brasileira, os produtos não madeireiros (portanto, menos agressivos ao meio ambiente) representaram R$ 5,1 bilhões (28,18%) do retorno econômico de R$ 18,1 bilhões desta atividade.

Do outro lado, o dos ‘produtos madeireiros’ extraídos de florestas plantadas – que teve a parcela maciça de 71,82% (ou R$ 13 dos 18,1 bilhões) – o Acre, muito em virtude do seu perfil responsável com a preservação de suas florestas, tem participação em apenas 2 dos 6 produtos. Rio Branco aparece em 18º lugar na listas das 20 cidades que mais produzem madeira em tora para uso em geral, com volume de 174.386 m³. Cruzeiro do Sul também figura entre as 20 maiores produtoras de lenha da extração vegetal, em 16º colocado, com um volume de 237.600 m³ em 2011.

Na produção de carvão vegetal, lenha da silvicultura, madeira em tora para papel e celulose e de madeira em tora para outras finalidades, nenhuma cidade acreana compõe os maiores produtores.  

 

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