Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Acre é o 1º Estado do Brasil a montar Comitê de Enfrentamento à Homofobia

HomofobiaA homofobia consiste numa série de atitudes e sentimentos negativos em relação a lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros (LGBT). É caracterizada não apenas como uma forma de violência física contra a população LGBT, mas também emocional, variando entre antipatia, desprezo, preconceito, aversão e medo irracional.

Para enfrentar o problema, o Acre criou, na manhã desta sexta-feira, 7, no auditório do Ministério Público Estadual (MPE), o Comitê Estadual de Enfrentamento à Homofobia, que reúne os governos federal, estadual e municipal, além do MPE e entidades civis de luta pelos direitos da população homossexual.

Só em 2011 foram registrados 278 assassinatos por motivação homofóbica no Brasil, crimes que ocorreram em desrespeito à orientação sexual de uma pessoa. A homofobia é comparada ao machismo e ao racismo, que atinge não só o grupo LGBT, mas a sociedade como um todo, inclusive heterossexuais, que, às vezes, são confundidos com gays e, principalmente, as famílias das vítimas.

No Acre, a média de ataques homofóbicos é alta – 0,41 para 100 mil habitantes, quando a nacional é de 0,24. Esse é um dos motivos que levaram o Estado à criação do Comitê, o primeiro do Brasil.

O coordenador-geral da Promoção dos Direitos de LGBT da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Gustavo Bernardes, esteve presente no lançamento do comitê. Ele afirmou: “Nós, do Governo Federal, com o apoio da presidente Dilma, não iremos pactuar com essa violência. Esse é o primeiro comitê do tipo no Brasil e um exemplo de que o Acre está dando para o país, reunindo pessoas que se comprometem a lutar contra a homofobia”.

Representando o governador Tião Viana e o secretário de Direitos Humanos, Nílson Mourão, a secretária de Políticas Públicas para as Mulheres, Concita Maia, fez questão de frisar: “As políticas públicas voltadas para a população LGBT avançaram bastante”. Concita se emocionou ao lembrar o nome de amigos e companheiros que foram vítimas de crimes homofóbicos no Acre. (Agência Acre)

Sair da versão mobile