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Acre é o estado com área da mais elevada fertilidade natural da Amazônia brasileira

Se a Amazônia é famosa no mundo inteiro pelas riquezas naturais, então o Acre merece a fama por ser o estado com maior potencial para explorar estas riquezas de forma sustentável. Um estudo do acervo do Banco de Dados e Informações Ambientais (BDIA) dos recursos naturais da Amazônia Legal revelou que o Acre, mais precisamente pelos seus rios Purus e Juruá, é o estado que concentra a maior área de fertilidade natural da floresta amazônica. O estudo foi divulgado na manhã de ontem, dia 11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (o IBGE).

De acordo com os dados da pesquisa, a maior parte da Amazônia brasileira (que abrange um território vasto, com mais de 5 milhões de Km²) apresenta solos com baixa, ou muito baixa fertilidade natural. Isto significa que esta grande maioria de áreas na região precisariam de uma quantidade expressiva de corretivos e outros agentes químicos para possibilitar a exploração comercial/rentável de atividades agropecuárias – o que abrange não só à criação de animais, como também a todos os cultivos da agricultura.

O Acre segue uma tendência bem diferente deste perfil infértil. Conforme as estatísticas do BDIA, os chamados solos eutróficos (que são aquelas áreas cuja fertilidade natural é bem elevada, ou seja, as áreas propícias para as atividades agropecuárias) ocupam uma extensão de só 248,5 mil Km². Esta parte naturalmente produtiva é encontrada apenas nas grandes planícies de inundação dos rios que drenam a região andina ou periandina. Os 2 principais destes rios são o Purus e o Juruá no Acre, que ocupam, do total de áreas eutróficas, um espaço de 98.500 Km². Isto é, dos cerca de 152.580 Km² do território acreano, mais de 64,56% (98.500 Km²) são de solos férteis.  

Os outros 150.000 Km² de áreas naturalmente férteis da Amazônia brasileira correspondem aos rios locais posicionados na direção leste-oeste da Região Norte do país.

As informações para o banco de dados BDIA do IBGE foi feito com um total de 4.425 pontos de amostragem, dos quais 2.568 pontos (58%) são referentes a perfis de solo completos; 1.171 pontos são de coletas de amostras para fins de fertilidade; e 686 são pontos extras. (Com informações do Jornal do Brasil)

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