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Acre tem queda relativa de 43% na sua taxa de desmatamento nos últimos 4 meses

O ano de 2012 não foi propício para as queimadas no Acre, e o meio ambiente local ‘agradece’. O relatório mensal elaborado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) revelou que o índice de desmatamento no território acreano caiu, em termos relativos, cerca de 43% entre os meses de agosto a novembro deste ano. Sendo assim, o Acre apresentou a maior queda nos desmates para o período e fechou este quadrimestre com apenas 10 Km² desmatados.

Os números do Acre contrastam com os outros 8 estados da Amazônia Legal. Isso porque a região inteira, puxada pelos péssimos índices do Pará e de Mato Grosso, teve um acréscimo expressivo de 129% (mais do que dobrou) entre agosto até novembro deste ano, se comparado aos mesmos meses de 2011. Conforme o balanço do Imazon, o quadrimestre em questão de 2012 teve um total de 1.206 Km² desmatados na Amazônia Legal, contra 527 Km² de 2011.

Em termos de representatividade, com a queda de 43%, o Acre fechou os 4 meses com uma parcela ínfima de apenas 0,83% sobre este montante de áreas desmatadas na Amazônia Legal.

O Pará, que teve uma alta relativa de 173% no quadrimestre, ficou na ponta do pódio dos estados que mais desmatam, com 613 Km² de área perdidas para o fogo.  Na sequência, a lista segue com Mato Grosso (249 Km²), Rondônia (159 Km²), Amazonas (147 Km²),Tocantins (21 Km²) e, por fim, o Acre (com seus 10 Km²). Roraima e o Amapá não estão incluídos por terem um percentual insignificante, ou quase nulo, de áreas consumidas pelas queimadas.

Os maiores crescimentos no quadrimestre foram no Amazonas (201%); do Pará; Mato Grosso (149%) e Tocantins (98%). Estes 4 estados, juntos, concentram 97% do total desmatado durante os 4 meses em toda a região. Só o Pará é responsável por uma parcela de 51% dos desmates.

 Vale destacar que, em novembro, a medição do Instituto foi imprecisa, uma vez que apenas a metade (50%) da área florestal da Amazônia Legal estava disponível. A outra metade estava encoberta de nuvens. O Acre foi o estado que menos foi auferido pelos satélites do Imazon, com uma cobertura de nuvens de até 81% na sua extensão de florestas.  

Degradação – A degradação de florestas intensamente exploradas por atividades humanas (madeireira e/ou queimadas) acumulada de agosto a novembro de 2012 atingiu 711 Km², o que representa queda de 45% em relação ao mesmo período do ano passado. Só em novembro este indicador foi de 100 Km², ou seja, 154% a mais do que no mesmo mês de 2011. Tal desmate  significa que 1,5 milhões de toneladas de CO2  foram comprometidos na região.

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