Estudantes do curso de Medicina da Universidade Federal do Acre (Ufac) realizaram um protesto, no primeiro dia de aula do 2º semestre de 2012, contra o ingresso de estudantes na instituição por transferência. Eles afirmavam que no curso estava acontecendo a prática dos “janeleiros”.
Cinco vagas residuais no 4º e no 6º período estavam disponíveis e mais de 180 pessoas se candidataram. Coube ao colegiado do curso de Medicina fazer essa seleção com base na Resolução nº 26, de 26 de maio de 2009, explicou Socorro Neri, Pró-Reitora de graduação da Ufac. “Os estudantes se reuniram com o reitor para tratar do assunto. A universidade procedeu conforme a resolução que normatiza essa situação, expedida pelo conselho universitário e que caracteriza bem as vagas residuais e estabelece o preenchimento. A Ufac lançou um edital com as normas que constam na resolução em maio deste ano, contendo as vagas e os critérios para que os estudantes de outras instituições brasileiras ou estrangeiras que queiram concorrer a essas vagas posssam assim fazê-lo”.
A pró-reitora disse que os alunos desconhecem a resolução. “Até onde consta, os procedimentos da universidade foram adotados e realizados com base na resolução. Os acadêmicos precisam conhecer a resolução, que é de domínio púlico e de conhecimento da comunidade acadêmica, inclusive repassamos cópias para eles. Todos os estudantes que concorreram a vaga e tiveram seu processo deferido e que foram classificados para o preenchimento dessas vagas apresentaram a documentação exigida e foram analisados e aprovados por membros do colegiado do curso de medicina”.
Os estudantes apresentaram uma proposta que será analisada pelo conselho universitário. “A resolução não faz nenhum impedimento a estudantes de outros países, tão somente disciplina como é que deve se dar a análise em julgamento desse processo, de modo que tenha um tratamento justo entre os pleitiantes. De fato acredito que os manifestantes não conheciam a resolução, mas foram devidamente informados e até trouxeram uma proposta interessante, a qual não seja feito apenas o processo de análise da documentação apresentada, mas também da aplicação de provas escritas para a verificação dos conhecimentos dos concorrentes. Evidente que isso passará por uma alteração na resolução. Se o conselho aprovar essa alteração, de agora em diante os procedimentos serão feitos de uma forma diferente”, concluiu Socorro.