A Federação das Indústrias recebe, na noite desta quarta-feira, vários profissionais para um encontro sobre a educação em engenharia. O Governo do Estado, em parceria com o Sindicato dos Engenheiros do Acre firmou um convênio de cooperação técnica para acelerar o desenvolvimento do Estado. Para que isso aconteça, é necessário investimentos na educação, a fim de formar engenheiros com a visão de desenvolver o Acre.
O Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec) é a maior referência brasileira na formação para a inovação tecnológica. Representantes do Instituto estiveram presentes para apresentar propostas, inovações e experiências que podem ser trazidas ao Estado. Em breve o Acre passará por várias mudanças na engenharia.
De acordo com João Cordeiro, professor da Universidade de São Carlos, em São Paulo, o Isitec é capaz de avançar com ensinos adequados para o momento em que o país vive. “O instituto começa como uma escola de engenharia diferenciada, no sentido da questão metodológica. A tecnologia e a engenharia hoje avançam de uma forma muito intensa e o Brasil está muito atrasado em termos metodológicos na educação. A grande questão é transformar o Isitec em um paradigma de como que se pode fazer um ensino mais adequado em que vivemos hoje. Elesurge com essa prerrogativa de mudar a característica educacional na formação do engenheiro. A idéia é que possamos trazer ao Acre algumas questões no sentido de capacitar de uma forma diferenciada. A nossa idéia é mostrar que conseguimos fazer um curso de engenharia diferente, inovador e de qualidade. Desde o ano passado estamos trazendo pessoas dos Estados Unidos e Europa, que são estudiosos na parte de educação em engenharia, que mostram e fazem parcerias com o Instituto. São pessoas que compactuam com esse tipo de mudança. São Carlos é uma cidade que tem um viés tecnológico muito forte. Muitas empresas começaram em laboratórios dentro das universidades e o primeiro parque tecnológico foi montado lá e hoje é uma referência no Brasil. Hoje temos mais de 100 empresas nessa área. O parque Ecotecnológico está sendo implantado e terá um loteamento para empresas de alta tecnologia se instalarem”.
Fernando Palmezan Neto, diretor administrativo financeiro do Isitec, explicou que alunos acrenaos serão graduados no instituto. “O Isitec atua em pós-graduação, mestrado, doutorado. Dentro desse convênio que o Isitec firmou com Estado, a intenção é encaminhar para a graduação 10 alunos acreanos por ano e bancá-los dentro do Instituto, para que depois eles retornem e tragam esse conhecimento diferenciado. É um projeto de bolsas para o curso de Engenharia de Inovação. É um ensino diferenciado, com várias tecnologias. O ensino de engenharia aqui precisa ser melhorado. Um dos grandes investimentos do Instituto são nos professores. Embora o nosso curso de graduação inicie no 2º semestre de 2013, nós já estamos há seis meses em discussão interna com os professores”.
Existe a possibilidade de trazer uma nova experiência ao Acre, o parque Ecotecnológico, disse Tião Fonseca, presidente do Sindicato dos Engenheiros. “Queremos criar o parque, um local onde terá pesquisas para aplicar na produção das empresas, agregar valores aos produtos daqui para exportarmos. É um grande desafio, esse programa está conveniado com o governo e a iniciativa privada quer participar. Iremos qualificar o engenheiro do Acre com mestrado, doutorado e especialização, mas não focado na academia e sim na produção. Somos a favor da industrialização, mas achamos que os empregos menos qualificados nas fábricas não irá deixar o Estado em uma condição de progresso. Queremos trazer conhecimentos para cá”.
