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Operação Delivery: Aumenta a pressão pela divulgação da lista com nomes dos envolvidos

AtivistasAtivistas exigem a divulgação do nome dos acusadosRepresentantes de Organizações Não Governamentais, do Conselho Tutelar, dos Conselhos de Defesa dos Direitos da Mulher e do Conselho de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente e sindicatos exigem a divulgação dos nomes dos envolvidos na rede de prostituição identificados pela Operação Delivery.

Eles reuniram a imprensa em entrevista coletiva para explicar os argumentos que fundamentam a exigência. O grupo deve formalizar ainda nesta semana um pedido formal para que o Judiciário apresente os nomes.

“Não há sentido em manter esses nomes no anonimato”, diz a presidente do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Mulher, Aldeides “Por que o Judiciário não divulga os nomes dessas pessoas?”, pergunta.

A presidente do conselho amplia as cobranças. Dessa vez com o executivo como alvo. “Sabemos que há outros casos nas delegacias semelhantes e precisamos ter informações para que possamos ter dimensão do problema”, afirma. “A polícia precisa dar uma resposta”.

A Conselheira de Honra do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Mulher, Rose Scalabrin, frisou por três vezes que não estava na coletiva como representante do Governo. “Não posso falar enquanto governo. Não há ninguém aqui enquanto governo neste momento”, esquivou-se. “Mas, creio que é papel, sim, do governo, tanto estadual quanto municipal, apoiar para que todos esses crimes sejam apurados”.

Sacalabrin, que é a Coordenadora da Mulher, instância criada pela Prefeitura de Rio Branco para formulação de políticas de emancipação feminina, também cobrou postura mais transparente. “A gente lamenta por isso [lista não ter sido divulgada]”, afirmou Scalabrin. “Eu sei que ninguém pode ser pré-condenado antes de ser julgado, mas eu penso que a Justiça pode fornecer, para os órgãos de defesa, conselhos e secretaria de Defesa dos Direitos Humanos para que, inclusive, possamos colaborar nesse processo”.

O presidente da Associação dos Conselhos Tutelares do Acre, Jota Conceição, também fez uma declaração incisiva. Desta vez, contra a postura de entidades de classe que apoiaram o voto do desembargador Francisco Djalma. “Democraticamente, tenho o direito de discordar da postura da Defensoria Pública que apoiou o voto do desembargador Djalma”, afirmou o presidente da Associação dos Conselhos Tutelares.

O grupo apresentou uma nota de repúdio intitulada “Chega de Hipocrisia”. O documento faz referência e críticas diretas à Defensoria Pública e à Ordem dos Advogados do Brasil que se posicionaram favorável à manutenção do habeas corpus dos pecuaristas Adálio Cordeiro e Assuero Veronez, como votou o desembargador Francisco Djalma na última sessão da Câmara Criminal.

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