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Polícia Civil qualifica médicos legistas

 A Secretaria de Estado de Polícia Civil, por meio do Departamente da Polícia Técnico-Cinetífica está realizando, desde o dia 06, o primeiro módulo do Curso de Aperfeiçoamento em Medicina Legal. O curso visa capacitar médicos que tenham interesse no assunto. Os principais peritos médicos legistas do país estiveram em Rio Branco palestrando sobre Perícias, Peritos, Traumatologia Forense e Corpo de Delito. A capacitação terá quatro módulos e se estenderá até março de 2013.

 De acordo com Emilson Farias, Secretário de Polícia Civil, o curso irá sanar todas as problemáticas enfrentadas pelos profissionais no Instituto Médico Legal (IML). “Esse curso veio para fortalecer, qualificar os profissionais e tentar despertar o interesse dos médicos para a área da medicina legal. Esses médicos serão capacitados e aperfeiçoados. Outros 21 médicos da rede estadual de saúde estão participando do curso para começar entender melhor a área, qualificando-se. Dificuldades nós temos, todo mundo sabe, por isso estamos buscando de forma inteligente solucionar esses problemas. Além disso, caso seja necessário realizar um concuro público para essa função, teremos pessoas qualificadas para atuar. A área técnica é fundamental para estabelecer a verdade em todos os casos”.

 Reginaldo Inojosa, coordenador da Comissão Científica da Sociedade Brasileira de Medicina Legal e Perícias Médicas destacou as grandes dificuldades enfrentadas em todo o país. “Iremos formar e aperfeiçoar os colegas da área médica, mas também está sendo estendido a profissionais da área juridica, como advogados, delegados e promotores e estudantes de medicina e direito. Hoje nós temos uma grande deficiência nos curriculos dos cursos, que não tem a disciplina de medicina legal. Está sendo discutida a possibilidade de ampliação da carga horária do curso para ser de especialização”.

O perito explicou que a sociedade deve entender a importância dos institutos de perícia. “O profissional será qualificado. Temos muitas dificuldades, há a falta de apoio nessa área para a formação. Os IMLs do Brasil passam por um grande descaso. A sociedade brasileira não sabe da importância do Instituto. Fazemos vários tipos de perícias, não só a de pessoas mortas. Se continuarmos avançando com a educação, a população terá outro entendimento e os atendimentos irão melhorar muito”, concluiu. 

 

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