O Movimento de Direitos Humanos do Acre (MDH/AC) realizou, na manhã de ontem, um ato de manifestação popular contra vários assuntos referentes à energia elétrica. A manifestação aconteceu na Praça Plácido de Castro e contou com a presença de estudantes e da população. Com cartazes na mão, os manifestantes se mostraram indignados com o atual fornecimento de energia do Estado.
De acordo com Jocivan Santos, presidente do MDH, a tarifa de energia elétrica não pode aumentar, já que os serviços prestados pela concessionária Eletrobras não são de qualidade. “Estamos reivindicando pelos constantes picos de energia que acontecem em Rio Branco e os ‘apagões’, que resultam na queima de aparelhos eletrodomésticos. As pessoas têm grande dificuldade ao procurar a Eletrobras, que não devolve o dinheiro dos objetos queimados. A tarifa aumentará 8,8%. Isso é um valor muito alto para o nosso Estado. Se o serviço prestado aos usuários não é bom, não deveria aumentar. O governo cobra um ICMS que chega a quase 25%, que também é muita coisa para o bolso do trabalhador”.
Além disso, os manifestantes pedem que as usinas termoelétricas – que receberam investimentos para que, quando houvesse algum ‘apagão’, entrassem em atividade e não prejudicassem a população – funcionem. “Queremos também que as substações sejam religadas. Foi prometido pelo governo desde o início destes ‘apagões’, mas até hoje não aconteceu. As empresas continuam recebendo os R$ 50 milhões investidos nesses geradores que vieram para cá”, disse Jocivan.
A professora Maria das Dores Gomes participou da manifestação. Ela afirma que esse aumento é uma falta de respeito com a população acreana. “Além de abusivo, esse aumento é desrespeitoso com a população. A conta de luz vem todos os meses e se ficamos ‘ mês sem pagar, o fornecimento é cortado. No entanto, quando cai a energia o nosso dinheiro não é devolvido. Somos prejudicados, os alimentos estragam, os eletrodomésticos queimam e a Eletrobras só quer saber de lucrar. Não olha pelo outro lado. Precisamos que as autoridades tomem providências. Sou totalmente contra esse aumento na tarifa, pois não vale a pena, à vista dos prejuízos que nós temos por conta do péssimo fornecimento. Isso é indiretamente um ‘roubo’ ao bolso do consumidor”.
Jocivan espera que, com a manifestação, algo seja feito para solucionar os problemas. “Esse ato é um grito de indgnação da própria sociedade em relação ao que está acontecendo com o sistema de energia elétrica no Acre. Exigimos um caminho e uma solução imediata a estes problemas que assolam todo o Estado”, finalizou.