O conselheiro Valmir Ribeiro será o novo presidente do Tribunal de Contas do Estado no biênio 2013/2014. Ontem pela manhã, os integrantes da corte de contas votaram de forma unânime na chapa, composta ainda por Antônio Cristovão Correia de Messias, como vice-presidente e na corregedoria, o cargo é assumido pelo conselheiro Antônio Malheiro.
É a segunda vez que o conselheiro assume a presidência. A primeira ocorreu no biênio 1998/1999, na segunda metade da gestão do ex-governador Orlei Cameli. Ribeiro, na tentativa de tornar mais simples a diferenciação entre o trabalho do presidente e dos demais conselheiros, fez uma comparação inusitada. “O presidente do TCE nada mais é do que um mordomo”, complicou-se. “A referência é o ato de servir”.
Para que Valmir Ribeiro sucedesse Ronald Polanco, a conselheira Dulcinéia Benício de Araújo abriu mão do cargo. Na última quinta-feira, em reunião na sala do presidente Polanco, ela foi categórica. “Não vou assumir a presidência”, disse.
Ontem, esquivou-se, sem esconder o incômodo ao tentar explicar os motivos que a fizeram negar o cargo de presidente. “Não assumi em função do consenso entre os conselheiros”, desculpou-se Benício.
O consenso – Pela fala da conselheira, o “consenso” passa a ser uma discussão entre sete pessoas que decidem com o único critério “o contexto”. No raciocínio da conselheira Dulcinéia Benício, é o contexto que elege o presidente.
A colega de Benício, conselheira Naluh Gouveia, mesmo sem querer, deixou escapar essa lógica. “O momento não é o adequado para mim e nem para a conselheira Dulce”, disse Naluh, durante a congratulação a Valmir Ribeiro, ainda em sessão plenária.
Por “momento não adequado”, é possível abrir margens para muitas especulações. Gouveia é a conselheira mais jovem na Corte de Contas. No biênio 2015/2016, novamente Dulcinéia Benício e Naluh Gouveia voltam a encabeçar a lista de possíveis presidentes. “Aí, a gente vai ter que sentar e conversar direitinho”, disse Gouveia, sugerindo que a próxima oportunidade não será desprezada, independente da adequação do “momento”.
O presidente Ronald Polanco fez um rápido balanço da sua gestão, diante de uma plenária repleta de funcionários do órgão.
Na edição do Acre Economia do próximo domingo, haverá outros detalhes sobre a eleição da presidência do Tribunal de Contas do Acre.