Nem mesmo o fato de trabalhar e estar dentro do Fórum Barrão do Rio Branco, sede do Poder Judiciário, freou os instintos do auxiliar judiciário Joa-quim Botelho Campos Filho, 52 anos. Ele foi preso em flagrante na manhã desta segunda-feira, 3, por ato libidinoso contra uma criança de 6 anos.
O crime aconteceu nas dependências do Fórum Barrão do Rio Branco, onde o acusado trabalha e a avó da criança teria ido buscar informações sobre um filho que estaria preso.
Joaquim Botelho foi flagrado por 2 policiais civis, 1 militar e 3 servidoras da Vara de Tóxicos e Acidentes de Trânsito em pleno ato criminoso.
De acordo com os policiais, Botelho teria feito a primeira aproximação à criança já no balcão de informações, quando a menina ao lado da avó, começou a ser acariciada sem que avó percebesse.
O ato foi testemunhado pelos 2 policiais civis que chamaram a atenção do policial militar. Em seguida, um policial se dirigiu à Vara de Tóxico e comunicou o ocorrido ao promotor, que solicitou que 3 funcionárias saíssem da sala, acompanhassem o policial e tentassem testemunhar o crime.
Quando os 3 policiais e as 3 funcionárias observavam Botelho, a criança já estava sentada no banco e Botelho sentou ao lado da menina e iniciou conversa com a avó. “Ele me disse que era advogado e eu perguntei se ele poderia tirar algumas dúvidas”, narra a idosa.
Foi neste momento que Joaquim Filho teria pego um documento da aposentada e, enquanto fazia de conta que estava analisando a informação contida ali, com a outra mão passou a acariciar as pernas da garota.
“Ele foi se encostando cada vez mais nela e a minha neta começou a se incomodar. Mesmo assim, não percebi nada. Foi então que os policiais deram voz de prisão a ele”, diz a avó.
Neste momento, um policial civil se aproximou e deu voz de prisão contra Joaquim Botelho, que foi conduzido a uma sala do Fórum enquanto aguardava uma viatura da Polícia Militar para levá-lo ao Nucria. Lá, ele foi autuado por estupro contra vulnerável.
Acusado já era investigado pela polícia
Segundo informações de um policial civil, o funcionário do TJ/AC já tinha sido flagrado em atos semelhantes. Na ocasião, investigadores assistiram a um vídeo de circuito de segurança de um supermercado que havia sido assaltado quando observaram que Joaquim Botelho aparecia nas filmagens se encostando a crianças que estavam no estabelecimento.
Na ocasião, como estavam só com as imagens e não tinham provas contra o acusado, os policiais passaram a investigá-lo. Coincidentemente, um dos investigadores estava no Fórum na manhã desta segunda, para ser ouvido em audiência.
Botelho nega crime e alega que fez apenas um carinho na criança
Na delegacia da Mulher, Joaquim Botelho negou o crime e alegou que seria amigo da avó da criança e que fez apenas um carinho nos cabelos da criança, como qualquer adulto faria por ser amigo da avó da criança.
Maria das Graças negou conhecer Joaquim Botelho e reafirmou que ele se apresentou como advogado perguntando se poderia ajudá-la em algum esclarecimento.
O auxiliar judiciário foi autuado por crime de estupro contra vulnerável e encaminhado à prisão.