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Homem resgatado em 1999 pelo PCC é preso novamente no Acre

PretoLeandro Leal de Souza, 38 anos, o “Preto” tido pela polícia como pessoa de alta periculosidade e um dos articuladores do Primeiro Comando da Capital (PCC), condenado por crimes de roubo (assalto), que em dezembro de 1999 protagonizou uma fuga cinematográfica ao ser resgatado por membros do PCC quando estava no Pronto Socorro de Rio Branco foi preso novamente na tarde desta sexta-feira, 14, por policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) no Conjunto Tangará quando ia visitar a mãe.

De acordo com informações da polícia Preto é um dos assaltantes mais procurados pelas policiais de São Paulo e Campo Grande onde cumpriu pena e fugiu dos presídios com ajuda de integrantes do PCC.

No final do ano de 1999 Preto participou de um roubo no município de Capixaba, onde durante a fuga dele e do bando teria trocado tiros com a polícia e atingido um delegado da Polícia Civil.

A época ele foi preso juntamente com outros integrantes e conduzido ao presídio estadual acusado de vários outros roubos. No início do mês de dezembro Preto simulou estar passando mal e foi escoltado até o Pronto Socorro.

Ao chegar ao hospital, a viatura da escolta do presídio foi cercada por homens armados e encapuzados que efetuaram vários tiros e retiraram “Preto” de dentro da viatura.

Assaltante se especializa em clonagem de cartão de crédito
Na tarde desta sexta-feira, ao ser preso e conduzido à Delegacia de Flagrante (Defla) da 5ª Regional, Leandro Leal, o Preto portava uma carteira de identidade falsa em nome de João Pinheiro Pinto, 42 anos, natural de Plácido de Castro, Estado do Acre.

Preto negou ser integrante do PCC e contou que se arrependeu de ter fugido do Pronto Socorro. “Era muito novo e não queria ficar preso e também fui acusado de um assalto que não fiz e isso me revoltou. Se tivesse ficado já estava liberado”, afirmou.

Segundo Preto, depois que foi resgatado ele foi morar em Campo Grande, onde realizou alguns assaltos e fugiu para São Paulo. Em São Paulo Preto foi preso por roubo e clonagem de cartão de créditos, ficou quatro anos em uma prisão do interior de São Paulo, de onde também foi resgatado e retornou para Campo Grande.

Em Campo Grande (MT) Lean-dro Leal foi preso por roubo e clonagem de cartão e permaneceu preso por quatro anos, conseguindo fugir do presídio daquela cidade e teria rumado para a Espanha, onde diz ter se tornado especialista em clonagem de cartão.

“Não assalto mais não, isso pra mim é passado. Sou especialista em clonagem de cartão e só roubo as grandes administradoras, não roubo pobre, faço bem feito”, contou aos policiais.

Preso é transferido para unidade de maior segurança
Devido o histórico de fuga e resgate a Polícia Civil decidiu transferir Preto para a Divisão de Investigação Criminal – DIC onde foi ouvido pelo delegado plantonista em seguida foi encaminhado ao presídio com recomendação de mantê-lo em uma cela separada dos outros detentos e de máxima segurança.

Antes de ser levado ao presídio Preto teria afirmado que retornou ao Acre para visitar a mãe que se encontra doente e acertar a “dívida” com a Justiça. “Cansei dessa vida de crime, se eu quisesse permanecer no crime teria ficado na Espanha onde vivia muito bem com a minha família. Vou pagar a cadeia e sair para viver com meus filhos”, afirmou.

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