O jovem José Francisco, 21 anos, mais conhecido pelo apelido de ‘Cobrinha’, foi preso na tarde de sexta-feira, 14, na BR 364, na altura do Km 10, sentido Sena Madureira/Rio Branco. A captura do acusado ocorreu durante uma blitz da Polícia Militar daquele município, após Cobrinha ser flagrado transportando 482 gramas de maconha que estavam escondidos na mochila dele. Encaminhado à delegacia, José Francisco foi indiciado por crime de tráfico e transferido ao Presídio Evaristo de Moraes.
Só que na última quarta-feira, dia 19, ou seja 5 dias após ter ingressado na unidade prisional, o jovem detento supostamente teria sido brutalmente espancado por agentes penitenciários. A ‘surra’ teria sido tão grande a ponto de Cobrinha ser encaminhado ao Hospital João Câncio. Devido à gravidade dos ferimentos, ele foi transferido ao Pronto Socorro de Rio Branco, onde deu entrada em estado grave. Segundo informações, o jovem sofreu lesão grave e ficará tetraplégico.
De acordo com a Assessoria de Comunicação do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), na manhã desta sexta-feira, 21, o corregedor Enock Pereira viajou para Sena Madureira para dar início à investigação e abertura de sindicância para apurar os motivos e circunstâncias em que o preso foi espancado dentro de uma cela daquela unidade prisional.
Segundo a Assessoria, o detento foi ouvido e teria contado a sua versão sobre o incidente. “O corregedor já ouviu o reeducando, que contou a versão dele dos fatos e se deslocou ao presídio em Sena Madureira para ouvir os agentes de plantão no dia do ocorrido e os presos que dividiam a cela com ele. Até segunda-feira, acredita-se que tudo estará esclarecido”, declarou a assessora do instituto, Caroline Nunes.
O Iapen ainda não recebeu o laudo oficial dos médicos declarando que o detento ficará tetraplégico, mas já providenciou a transferência dele para o Hospital das Clínicas (antiga Fundação Hospitalar) e acompanhamento psicossocial.
“A família do reeducando foi comunicada e todas as providências e acompanhamentos foram adotados. Inclusive, com acompanhamento de uma psicóloga tanto para o reeducando quanto para os familiares”, afirmou a assessora.