O prefeito Raimundo Angelim entregou nesta terça-feira, 18, cinco bibliotecas do programa Arca das Letras para os moradores das comunidades Bagaço, Limoeiro, Novo Horizonte, Oriente e Colibri. As bibliotecas já estão atendendo as comunidades e o lançamento oficial ocorreu Gleba Gaivota, de propriedade da família de dona Maria do Carmo. Assinaram o termo de recebimento os presidentes das associações do Bagaço, Maria do Carmo; Oriente, João Varela; Bento Noronha, Novo Horizonte; Wilson Souza (Nêgo), Colibri, e Seu Cosmo, do Limoeiro. “É muito bom estar aqui. Há muitas localidades que não pude ir mas a Prefeitura não deixou de ir”, disse o prefeito ao manifestar sua satisfação em poder realizar a entrega de equipamentos tão importantes para o desenvolvimento comunitário –na mesa cerimônia, o prefeito repassou um microtrator para uso da comunidade, que agora passa a investir em horticultura.
O Arca das Letras é desenvolvido pela Prefeitura de Rio Branco em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário. O termo de cooperação técnica e financeira para ampliação do programa foi assinado em 2011 e sua coordenação está a cargo de Paulo Sergio Braña, que é também diretor da Central de Abastecimento de Rio Branco (Ceasa). O programa envolve outros parceiros como o Sistema Federação das Indústrias Estado do Acre (Fieac), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – Departamento Regional do Acre e Centro de Tecnologia da Madeira e Mobiliário, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Sindicato da Indústria de Móveis do Estado ( Sindmóveis). No ato ocorrido na sede da Associação de Moradores e Produtores Rurais do Bagaço, dona Maria do Carmo, líder comunitária, agradeceu pela iniciativa do prefeito Angelim e a parceria com a Secretaria Municipal de Floresta e Agricultura (Safra).
O convênio possibilitou a construção, com design criado em Rio Branco, de 80 arcas, bibliotecas rurais para às comunidades da zona rural. Esse é um projeto voltado para incentivar a leitura nos lugares mais longínquos. A arca está voltada para todo tipos de leitores: crianças, jovens, adultos e idosos, com acervos infantis e de caráter acadêmicos e científico.
O programa Arca das letras foi criado em 2003 pelo MDA e parceiros das esferas governamentais e não-governamentais, movimentos sociais, sindicatos ligados a trabalhadores rurais, pessoas e grupos urbanos e rurais que apoiam o incentivo à leitura no Brasil. O objetivo é incentivar a leitura no meio rural, por meio de distribuição de acervos adequados às diversas realidades. O programa atende as famílias de agricultores, assentados da reforma agrária, pescadores, quilombolas, indígenas e populações ribeirinhas. “Rio Branco é um dos únicos municípios do Acre que adotaram o programa”, lembrou Zenilda Barbalho, do MDA.
A prefeitura do município de Rio Branco em parceria com Fundação de Cultura e Comunicação Elias Mansour e o Centro de Tecnologia da Madeira e do Mobiliário produziram e já iniciaram a entrega pelo MDA, 80 Arcas das Letras para serem doadas à comunidades rurais, a fim de suprir a carência de informações e novos conhecimentos das pessoas que estão excluídas de novos aprendizados no município de Rio Branco.
O acervo não é pequeno: cada kit é constituído de 200 exemplares (livros, revistas, cartilhas e informativos) ficando responsável pela distribuição e acompanhamento o Ministério do Desenvolvimento Agrário, a Prefeitura de Rio Branco, fica responsável por conseguir a madeira e liberar R$ 20.000 reais para confecção das Bibliotecas além de selecionar as comunidades que irão receber essas bibliotecas rurais. A Fieac foi a responsável pelo design e distribuição do protótipo das arcas e o acompanhamento da produção.
Cada Arca custou cerca de R$ 632,92 e a madeira usada na construção é Garapeira e Maracatiara. Serão usados 8,317 metros cúbicos de Garapeira e 13,78 metros cúbico de Maracatiara ao todo estão sendo usados 22,097 para cada uma.