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Prefeitos do Alto Acre vão assumir sem fazer transição

Prefeitos 2712022100Secretários escolhidos, ternos comprados, local e hora das posses confirmadas. Mas nenhum deles teve acesso às informações, principalmente da parte financeira, das prefeituras que vão assumir no dia 1º de janeiro de 2013. Esta é a situação dos prefeitos eleitos de Brasiléia, Everaldo Gomes (PMDB), e de Epitaciolândia, André Hassem (PSDB), que vão assumir os cargos sem terem feito as transições com os atuais prefeitos de suas cidades.

Em Epitaciolândia André Hassem explica que o atual prefeito Zé Ronaldo repassou algumas informações para a equipe dele, mas nada com relação às finanças da prefeitura. “Eu não sei nada sobre funcionários, pagamentos, fornecedores, dívidas. E com relação às máquinas e equipamentos, também não tenho dados. Não sei sobre quantidade ou estado de conservação. O Zé Ronaldo me disse que só vai parar e entregar o maquinário no dia 31 de dezembro à noite”. O prefeito eleito também ainda não sabe se o 13º salário dos servidores municipais de Epitaciolândia já foi ou será pago.

André Hassem já está com secretariado escolhido e pronto para assumir. Segundo ele, todos são técnicos. “Meu partido, o PSDB, não vai nomear ninguém aqui em Epitaciolândia”. Ele anunciou, ainda, que vai alterar a atual estrutura administrativa: a área da cultura, por exemplo, que está hoje na pasta do Meio Ambiente, vai voltar para a Educação.

Hassem  vai tomar posse do cargo no dia 1º de janeiro, às 19h, no Ginásio Esportivo Ilson Pinheiro. “Sou advogado e saberei agir em caso de encontrar problemas deixados na prefeitura. A falta de informações não vai prejudicar minha gestão”.  
Brasiléia – Em Brasiléia, a situação do prefeito eleito, Everaldo Gomes, é ainda pior: ele conta que não conseguiu nenhuma informação da atual prefeita Leila Galvão. “Minha equipe de transição foi composta, mas nunca atuou. A prefeita Leila Galvão nunca respondeu aos meus ofícios para tratar da transição”, explica Everaldo.

Everaldo Gomes relata que gostaria de saber sobre a existência de dívidas, o estado do maquinário, situação dos funcionários e outros dados, que facilitariam o começo da sua administração. “Queria ter acesso aos dados do Orçamento, mas vou começar no escuro”.

Atualmente, a prefeitura de Brasiléia tem 11 secreta-rias e o novo prefeito, por enquanto, não decidiu se vai manter todas funcionando. Para isso, ele precisaria de mais dados técnicos e financeiros. O prefeito eleito tomará posse às 19h do dia 1º de janeiro, na Escola José Kairalla. Ele prefere não polemizar sobre os motivos que levaram a prefeita Leila Galvão a não querer efetuar a transição. “Quero trabalhar. Há muito o que fazer porque  Brasiléia ainda não se recuperou do baque sofrido na alagação do início deste ano”. 

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