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O choque de desenvolvimento (Parte II)

No governo Tião Viana, a construção de uma economia industrializada faz parte da estratégia do de elevação da produtividade da economia para alcançar a meta de desenvolvimento econômico.  

Com o propósito de fomento à produção industrial, está sendo implantada a infraestrutura básica da indústria. O Parque Industrial de Cruzeiro do Sul foi concluído e está em funcionamento. E a ampliação do Parque de Rio Branco, já finalizada, foi entregue às empresas.

Com o objetivo de descentralização dos investimentos industriais, serão construídos sete Polos Industriais em municípios do interior.

É parte da estratégia de desenvolvimento industrial a implantação de plantas industriais em parceria público-privada-comunitária. É o que acontecerá com o Projeto Dom Porquito, em Brasiléia, que envolverá o frigorífico, 75 galpões de engorda e a unidade de produção de leitões. Trata-se de um empreendimento integrado com 75 pequenos produtores para produção e engorda de leitões. O investimento é de R$ 16,0 milhões. A iniciativa privada participa com R$ 2,0 milhões.

Em parceria público-privada, estão em implantação, para funcionar em 2013, três complexos da indústria florestal para produzir diversas manufaturas de madeira. O complexo de Cruzeiro do Sul, no Parque Industrial, o de Tarauacá e o de Xapuri. A inversão total é de R$ 40,0 milhões.

Em Cruzeiro do Sul, foi estruturada a Central de Cooperativas da farinha e organizada a unidade de classificação, padronização e  empacotamento de farinha com marca própria, o que resultou em agregação de valor e comercialização do produto nas redes de supermercados. O mesmo procedimento foi feito com o feijão de Marechal Thaumaturgo.

Para fortalecer o setor da indústria de base florestal, o governo está implantando a indústria de granulado escuro brasileiro (GEB), em Sena Madureira, e as usinas de beneficiamento de castanha, em Rio Branco, a ser inaugurada em 2013, e Xapuri, já pronta e em operação a cargo da Cooperacre.

Com o intuito de orientar o fluxo dos gastos públicos para o mercado interno, foram destinados, em dois anos, R$ 7,0 milhões do orçamento governamental para compra de móveis produzidos pelas pequenas indústrias locais, beneficiando  70 marcenarias.

O governo tem dispensado especial atenção à marcenaria. Como resultado de uma operação intensiva, hoje, 80% das marcenarias do Estado estão licenciadas. E com o propósito de modernização da produção e melhoria das condições de trabalho, serão entregues, em 2013,  noventa unidades industriais para este setor em nove municípios.

As políticas de desenvolvimento permitiram importantes resultados socais.

A política de inclusão produtiva no âmbito do Plano Acre sem Miséria já incluiu 12.000 pessoas das quais 7.000 estão em processo de saída da extrema pobreza pela implantação de pequenos negócios, enquanto 5.ooo estão sendo capacitadas para receber os equipamentos concedidos pelo governo.

O programa “Ruas do Povo” já entregou 751 ruas em todo o Estado, realizando um investimento de R$ 240,0  milhões. É uma ação, um gesto, de libertação porque garante ao cidadão saúde e o direito  de sair e chegar em casa sem enfrentar uma muralha de lama.

Em fase de licitação, o saneamento ambiental integral, importando num investimento de R$ 20,0 milhões, já contratados com a Funasa, nos municípios de Cruzeiro do Sul, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter, Santa Rosa e Jordão,  permitirá a cobertura de quase 100% de água, esgoto e pavimentação nesses municípios. Além disso, será feito um investimento de R$ 26,2 milhões na melhoria e ampliação do sistema de água em Acrelândia, Assis Brasil, Epitaciolândia, Feijó, Manoel Urbano, Plácido de Castro, Vila Campinas, Vila do “V” e Vila do Incra. Em Rio Branco, houve o reordenamento do abastecimento de água com impacto positivo na cobertura. Onze mil novas ligações de água foram acrescentadas ao sistema.

No quesito habitação social o governo entregou 975 casas no alto Acre, Baixo Acre e Juruá. O Projeto Cidade do Povo, em Rio Branco, é a solução revolucionária para tornar residual o déficit habitacional. Serão mais de 10.511 casas numa cidade sustentável. Vencida a etapa de licenciamento, já está em andamento a infraestrutura. Um projeto de R$ 1,1 bilhões de fontes federal e estadual. O governo estima uma participação de R$ 300 milhões.
Os resultados, as perspectivas promissoras e indicadores significativos podem ser apontados como sinais do alto e satisfatório desempenho do governo.

A taxa de mortalidade infantil que, em 2007, alcançava 22,12/1,000 nascidos vivos caiu para17,4, em 2010, e despencou para 13,78, em 2011.

A taxa de analfabetismo em 2004 era de 18,8%, em 2009, decresceu para 16,4%, e, em 2011, declinou para14,4.

O desemprego atingia 6,5%, em 2004, caiu para 5,8%, em 2009,  reduziu-se vertiginosamente para 4,2%, em 2011, abaixo da taxa do Brasil que é de 6,7%.

Em 2010, os homicídios dolosos consumados, no Acre, ocorriam a uma taxa de 25,1/100.000 habitantes, em 2011, foram 18,2/100.000 habitantes.

A tendência de declínio desses indicadores denota a efetividade das politicas públicas praticadas, em 14 anos de governo, pela Frente Popular do Acre e afirma a força e o acerto inequívocos da gestão  Tião Via-na na promoção do desenvolvimento do Estado.

No Brasil fala-se em choque de capitalismo, em choque de gestão para referir-se a passos em direção à modernidade. No Acre, vivenciamos um choque de desenvolvimento em direção  à justa distribuição da riqueza, à emancipação e à equidade social, em  confortável harmonia com a natureza. Este não é um desafio solitário do Estado, mas uma conquista que se apresenta à toda a  sociedade.
    
* José Fernandes do Rêgo é  professor, mestre em economia, Doutor H. C. E Secretário de Estado de Articulação Institucional do Governo do Estado do Acre.

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