O comércio varejista de automóveis e comerciais leves no Acre bate recorde de vendas em 2012 e fecha o ano com crescimento de 14,04% em relação ao ano de 2011, bem acima do crescimento do mercado nacional, que foi de 6,1%, com volume de 3.634.421 unidades novas comercializadas.
No Estado, foram emplacados 8.366 automóveis e picapes, constituindo-se no melhor ano de vendas da história. A marca histórica se deu graças ao incentivo de redução do IPI patrocinado pelo Governo Federal.
De acordo com o presidente da Fecomércio/AC, Leandro Domingos, o segmento vem tendo importante crescimento e evidencia o aumento na renda do trabalhador acreano e o crescimento das classes “C” e “D”, que lentamente passam a fazer parte desse mercado consumidor. Outro fator positivo é a mudança na faixa de consumo, de carros populares de mil cilindradas por carros de maior potência.
Para Domingos, o segmento de automóveis demonstra relevância para a economia acreana na geração de renda e empregos. Apesar dos momentos difíceis da economia nacional, o Acre reage bem e deixa os empresários do setor otimistas para continuar investindo nos negócios. O presidente destaca que o Estado possui as mais modernas estruturas físicas de revendas de veículos da Regional Norte e todas as importantes marcas já se fazem presentes no mercado acrea-no. Já são 16 montadoras que possuem concessionárias instaladas no Estado.
Os empresários estão crendo que a atividade continuará bem dinâmica em 2013, apesar da grande crise que assola a Europa e atinge o Brasil. Acredita-se que o crédito voltará a fluir com mais facilidade, agilidade e continuará financiando o setor, com prazos e taxas de juros atrativos. Como a economia está globalizada, o Acre se insere nesse contexto.
A Fecomércio/AC informou que o incentivo fiscal do IPI está sendo reduzido paulatinamente, a partir de janeiro e até julho já estará todo incorporado ao preço do veículo. De janeiro a março será incorporado 2% para os veículos de até mil cilindradas, 7% para os veículos de mil a duas mil cilindradas flex e 8% para estes veículos a gasolina. O restante do tributo passará a compor os preços dos veículos de abril a junho.
A mesma euforia não se estendeu aos empresários do comércio de motocicletas. O ano de 2012 foi marcado por grande desaceleração dos negócios. As vendas no comércio acreano tiveram queda de 19,76% em comparação com 2011. A Fecomércio/AC entende que o fato foi gerado, notadamente, pela falta de financiamento do setor, já que as financeiras passaram a ser mais rigorosas na análise do crédito, por considerar financiamentos de alto risco. Também a migração de usuários de motos para automóveis influenciou, em razão da política de incentivos fiscais.
Foram vendidas no mercado local 9.278 motocicletas em 2012, que adicionadas aos automóveis e comerciais leves totalizam 17.644 unidades emplacadas pelo Detran/AC. O resultado não inclui veículos de carga pesada como caminhões, ônibus e tratores, os quais também dão considerável contribuição para a economia do Estado.
Ajustes para setor da produção e comércio são respostas ao cenário de crise
ITAAN ARRUDA
O governo não assume publicamente, mas o cenário de crise obrigou a tomar medidas estratégicas tanto no setor da produção quanto no setor comercial. A revisão da pauta fiscal da carne e a reprogramação do Refis são os exemplos mais significativos desses ajustes.
Nos meses de novembro, dezembro e janeiro, as condições climáticas levam a um aumento natural na produção de carne. Como existem apenas dois frigoríficos com capacidade de mais de 300 cabeças por dia, eles acabam regulando a oferta. Consequentemente, o preço.
No início do mês de dezembro do ano passado, um frigorífico localizado em Senador Guiomard e a Friboi (em Rio Branco) estavam com agendamento para abate previsto somente para o final de janeiro.
Desta maneira, os produtores de carne ficariam com dificuldade de honrar compromissos como pagamento de 13º dos peões, férias e outros direitos trabalhistas da equipe. Além disso, tradicionalmente, o orçamento das fazendas é planejado para ser executado no mesmo ano.
Nesse momento, o governo interveio. Sem ter como interferir diretamente nacomercialização, a estratégia foi baixar “a pauta” (quanto se paga para o fisco estadual para comercializar o produto em outro estado).
O pecuarista do Acre encontrou nos frigoríficos rondonienses uma saída para não ficar no prejuízo. “Não são medidas tomadas regularmente”, pondera Lourival Marques de Oliveira Filho, secretário de Estado de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar. “São medidas tomadas para aumentar a competitividade no setor”. Essa redução na pauta se refere especificamente ao “boi em pé” (sem ser abatido aqui).
“O cartel da carne está instalado no país”, criticou o governador, analisando a atuação dos frigoríficos. Com apenas duas empresas atuando na maior região consumidora do Acre, a afirmação do governador tem lógica.
Em Rondônia, a arroba do boi gordo estava sendo comercializada por R$ 88,50 em fevereiro do ano passado. O preço foi subindo até se estabilizar no último trimestre em R$ 93,50. A valorização de 5,64% ao longo do ano pode não ser muita, mas expõe um cenário bem distinto do acreano.
Pauta antiga
A redução da pauta da carne é uma reivindicação antiga dos pecuaristas acreanos, nunca vista com simpatia por parte da equipe técnica da Secretaria de Estado de Fazenda.
Com um cenário de crise sistêmica batendo à porta, o Palácio Rio Branco preferiu abrir mão de receita a ter que suportar o principal setor da economia regional contabilizar prejuízos.
Qual demanda de carne no Acre?
Atualmente, estima-se que a região do Vale do Acre (a mais populosa do Estado) consuma algo entre 1,5 e 3 mil quilos de carne por dia. Com o fechamento do frigorífico Santa Marina ano passado, cerca de 300 a 400 quilos de carne deixaram de ser abatidos diariamente.
Por que o governo taxa a saída da carne?
Há vários fatores que levam os governos a taxarem a saída de produtos como a carne. Podem ser destacados: 1) estímulo a que o beneficiamento do produto ocorra aqui dentro do Estado, qualificando mão de obra, agregando valor, estimulando criação de novas técnicas de beneficiamento;
2) aumento de receita: os governos são (também) gerenciadores de tributos. Com eles, criam recursos próprios para poder reverter impostos em serviços públicos. Se uma empresa ou produtor insiste em levar o “boi em pé” e beneficiar a carne em outro Estado, paga para que o produto saia legalmente.
O que a classe de pecuaristas reivindica há tempos é que o Governo do Estado derrube essa tributação em função do reduzido número de frigoríficos no Acre e o produtor possa ter maiores opções de comercialização.
A relação entre produtores e frigoríficos sempre é conflitante. Independente do número de frigoríficos na região, os embates de quem compra carne com quem produz fazem parte da natureza do negócio.
É natural, portanto, que com poucos frigoríficos na região, os preços sejam praticamente “ditados” por eles. Com capacidade de abate refletindo a rea-lidade do mercado consumidor local, os frigoríficos cumprem a missão de simplesmente escoar a produção.
A crítica que pode ser feita é que os ganhos técnicos que o setor da pecuária conquistou nos últimos anos não estão refletidos nas técnicas de abate dos frigoríficos locais.
Sensibilidade forçada
A renegociação do Refis também foi outro sintoma de ajuste em função do cenário econômico adverso. No caso do refinanciamento das dívidas das empresas com o fisco estadual foi algo mais latente ainda porque o governador Tião Viana, no início da gestão, já havia dado um ultimato: só iria renegociar dívida uma vez.
Ele não contava, no entanto, com um fim de ano com torneiras tão apertadas. Teve que recuar e “renegociar a renegociação”. Foi um exemplo de “sensibilidade forçada”, mas um gesto que demonstra sintonia com o termômetro do setor do comércio e de prestação de serviços.
Prazo final de adesão ao novo Refis: 29 de março
Escalonamento:
*Pagamento à vista até dia 27 de dezembro: redução de 95% das multas; 80% dos juros abatidos (empresas com débitos até 30/06/2012)
*Até 29 de março de 2013: pagar com 90% de desconto nas multas e 70% de descontos nos juros
*Pagamento em 60 parcelas: pagar com 80% das multas e 60% dos juros
*Pagamento em 120 vezes: redução de 65% das multas e 50% dos juros
Flagrante – Atrás do Tatersal, no Parque de Exposições Marechal Castelo Branco, foi o local escolhido pela equipe de governo para “guardar” os equipamentos agrícolas. A entrega ocorreu em junho. Foram R$ 37 milhões investidos pelo poder público para dar suporte ao pequeno produtor rural. O secretário de Estado de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar, Lourival Marques, assegura que os equipamentos já foram usados. “Os equipamentos já foram usados para plantio em algumas comunidades”, afirmou. “Estamos construindo um galpão para acomodar os maquinários”. Aparentemente, entretanto, nem todos equipamentos foram usados. Alguns estão novinhos e sujeitos à chuva e ao sol. Sem uso.
PERSPECTIVAS 2013 |
Quais setores da economia local podem ter ganhos reais neste ano?
ITAAN ARRUDA
Em 2013, o setor que promete bom desempenho é o da agricultura. Mesmo o Acre não priorizando o agrobusiness, é possível aproveitar os bons ventos que parecem soprar de outras regiões do país.
Esse “aproveitamento” pode ser efetivado via instituições financeiras. A Companhia Nacional de Abastecimento estima que a produção de julho a novembro do ano passado supera em 2% a de 2011. Isso dificulta menos a relação com os bancos e já há tendências que apontam isso.
Entre julho e outubro, os financiamentos rurais somaram R$ 45 bilhões em todo país, segundo o Ministério da Agricultura. O Banco do Brasil tem o controle de aproximadamente 60% da carteira de crédito agrícola no país.
Até julho deste ano, já estão na boca do caixa cerca de R$ 133 bilhões em repasses para os agricultores de todo país. No Acre, esses números têm pouco impacto: raros são os agricultores que não dependem diretamente de articulações do governo ou de entidades de classe como sindicato.
Mas, com juros de 5,5% ao ano, o Banco do Brasil parece ter um bom estímulo para quem pretende empreender no setor agrícola. Mesmo no Acre.
Ruas do Povo
Setor de infraestrutura urbana continua a ter forte influência na economia local. Atualmente, o Governo do Acre calcula que o programa gera diretamente sete mil empregos em todo Estado.
Só em obras de saneamento nos municípios isolados, como Porto Walter, Marechal Thaumaturgo, Jordão e Santa Rosa estão destinados R$ 89 milhões. Difícil é encontrar empresa que tenha capacidade operacional para garantir a execução das obras (com boa qualidade) em regiões com logística tão complexa.
ZPE
A instalação da primeira indústria na Zona de Processamento de Exportação foi anunciada. Até o momento, somente agentes públicos se pronunciaram sobre a vinda da Amazon Polímeros Indústria, Comércio, Importação e Exportação Ltda. A estimativa é que a indústria gere diretamente entre 30 a 40 empregos.
A empresa atua na fabricação de rotomoldagem, espécie de máquinas utilizadas em outras indústrias. Eles também fabricam uma série de produtos de plásticos como play grounds e lixeiras.
Há expectativa de que uma indústria de um empreendedor acreano também se instale na ZPE agora em 2013. De acordo com o governador Tião Viana, a indústria “vai fazer transformação de óleo, açúcar e leite em pó para poder exportar para os países vizinhos”. O governador não quis adiantar qual o empreendedor e nem qual o nome da empresa.
O fato é que nos dois empreendimentos haverá necessidade de mão de obra qualificada em toda cadeia produtiva.
Cidade do Povo
Os processos burocráticos de licenciamento devem estar concluídos antes do início do verão. O empreendimento prevê a construção de 10,2 mil unidades habitacionais e tem condições de criar um novo referencial na política de habitação do Acre.
Piscicultura
O Complexo de Piscicultura é outro empreendimento mediado pelo poder público que vai necessitar de mão de obra qualificada. O Instituto Federal do Acre já está sintonizado com essa demanda.
A Peixes da Amazônia S/A, empresa que vai gerenciar o empreendimento, é composta pelo Governo do Estado via Agência de Negócios do Acre, produtores privados e central de cooperativas.
O setor privado já investiu R$ 8 milhões até agora no Complexo de Piscicultura. O setor público 19 milhões. Ao todo, o frigorífico, centro de alevinagem e fábrica de ração estão orçados em R$ 40 milhões.
Em entrevista ao Acre Economia na semana passada, o governador Tião Viana assegurou que o funcionamento do complexo em Rio Branco deve iniciar no fim do mês.
À exceção do Complexo, o setor de piscicultura, de acordo com o governo, já exigiu R$ 90 milhões de investimentos oficiais. Em si, já é volume de capital suficiente para apontar tendência que pode vir a ser lucrativa neste ano. Depende, também, da capacidade empreendedora do produtor ou empresário.
Pecuária leiteira continua indefinida em 2013
ITAAN ARRUDA
A produção de leite continua artesanal, pouco profissionalizada e sem escala em 2013. A cadeia produtiva do produto é extensa, agrega muito a mão de obra familiar e tem mercado consumidor garantido.
O ex-secretário de Estado de Agropecuária, Mauro Ribeiro, se esforçou o quanto pode: visitou vários laticínios de grande porte no Mato Grosso, São Paulo, Rondônia, tentando atrair investimentos do setor privado.
Ribeiro também gastou energia para resolver a montanha burocrática para formalizar laticínio em Brasiléia; organizou equipes próprias para tratar exclusivamente do assunto. Mas, nada foi capaz de mudar estruturalmente o cenário, embora se reconheça que a produção aumentou significativamente a partir da gestão de Jorge Viana, em 1999 (ver gráfico).
O gráfico mostra claramente a curva ascendente da produção a partir de 1999. O problema maior foram os gargalos que o setor possui que não foram resolvidos na estrutura. Daí a curva descendente, a partir de 2006.
Os últimos dados fornecidos pela Embrapa, com base em informações do IBGE, asseguram que em 2004 foi o melhor ano de produção no Acre, desde 1974. Alcançou-se cerca de 110 milhões de litros no ano. O que dá uma média diária de 273,9 mil litros diários.
Sem investimento contínuo, a produção entrou em uma curva descendente. Em 2006, baixou para cerca de 90 milhões de litros anuais (246,5 mil litros por dia). Em 2009, caiu mais ainda: pouco mais de 109,5 mil litros por dia.
Estimativa feita pela Federação de Agricultura e Pecuária do Acre calcula que o rio-branquense consome cerca de 50 mil litros de leite por dia vindos de Rondônia em caixinha (leite longa vida).
O Governo do Acre assegura que “não há crise de produção”. “Se vier uma indústria de peso, garanto que há produção suficiente. Eu confio no nosso produtor”, gostava de repetir Mauro Ribeiro quando ainda era secretário.
As visitas técnicas de executivos de grandes laticínios desacreditam o otimismo ofi-cial. Há gargalos na infraestrutura para escoar a produção leiteira; estradas vicinais (ramais) inadequados para transportes (o que aumenta o risco de perda do insumo); a genética de baixa qualidade; pequeno mercado consumidor para uma indústria de grande porte.
A última aferição feita pela Faeac, em março do ano passado, traçava uma comparação com Rondônia: são 2,2 milhões de litros diários. É um dos maiores produtores de leite do país.
Saudosismo Cila
Ao falar de pecuária leiteira no Acre, poucas pes-soas não se lembram da Cila como referência no setor. O problema é que a Cila operava em um contexto muito diferente do atual. À época, Rondônia estava estruturando a cadeia produtiva.
O Acre praticamente mantinha-se isolado: o que se produzia era consumido aqui mesmo. Não havia referências para comparações: ou era a Cila ou levava-se o caneco para tomar leite na hora da ordenha manual.
Qual seria uma saída? Criar um mecanismo de gestão semelhante ao que se fez com a Peixes da Amazônia S/A? Seria possível montar uma rede de acionistas (inclusive com grupos de fora do Acre) formado por empresas, governo e pequenos produtores?
Qual seria a estratégia acreana?
A primeira pergunta que deve ser respondida é: o Acre tem que produzir leite? Faz parte da vocação do produtor local?
Caso a resposta seja afirmativa, sugere-se os seguintes questionamentos: quais os gargalos do setor? Basicamente, são três: baixa qualidade genética do rebanho leiteiro; infraestrutura para escoamento da produção e um laticínio de médio porte que pressione a demanda para cima.
NOTAS ECONÔMICAS |
Sorriso amarelo I
A balança comercial brasileira fechou o ano de 2012 com superavit de US$ 19,438 bilhões. Motivo para comemorar? Em parte. Exportar mais do que importar, dependendo do setor e do contexto, é quase sempre bom. No geral, é bom.
Sorriso amarelo II
O problema é que se se compara o desempenho da balança comercial de 2012 com o de 2011, houve queda de 34,8%. Traduzindo: o Brasil vendeu menos para outros países em 2012 do que em 2011. É consequência de uma série de medidas que tiveram a indústria como foco.
Desindustrialização
Um dos problemas: os investimentos feitos pelo Governo Federal não tiveram ressonância efetiva no setor industrial. Ao contrário: ao longo do ano, sorrateiramente foi se consolidando aquilo que os economistas chamam de desindustrialização: fuga de capitais. Traduzindo para o português: tem indústrias saindo daqui do Brasil e se instalando na China, por motivos já demasiadamente conhecidos.
Golpista
Isso, para além da versão palaciana, não é interpretação da “imprensa golpista e pessimista”. São fatos. E o pior: o Brasil já é o que menos cresceu na América do Sul. Aí, vem a retórica de carta na manga anunciando que “PIB não é critério de crescimento com sustentabilidade”. Ora, ora, D. Aurora: não é quando não interessa que seja.
Complexo I
Para rebater a informação de que Peru e Chile tiveram desempenho melhor, os economistas com olhar mais oficial têm argumento pronto. “São economias menos complexas que a brasileira”. Engraçado que, aqui no Acre, esse argumento não tem servido.
Complexo II
A economia do Acre é muito menos complexa do que de outras regiões do país. Crise mesmo, só da balsa do Abunã pra lá. “Pru rumo de cá” é só crescimento, investimentos. Coisas boas, enfim.
Para constar
Só para constar. O ranking de crescimento dos países da América do Sul foi elaborado pela empresa de britânica Economist Intelligent Unit. A consultoria informa ainda que a projeção para o PIB do Brasil de 2013 é de 3,5%. Entre 2011 e 2013, o Peru foi o país da América do Sul que mais cresceu o PIB. Registra 6,4%.
13,3%
Há projeções feitas por economistas do Peru que apontam crescimento de 13,3% na agroindústria do país. O setor teve recuo em 2012, é verdade. Mas, o cenário é de otimismo. Se servir de consolo, aqui no Brasil, na agricultura, o cenário também é bom para este ano.
Tião Viana I
Entrevista do governador Tião Viana ao Acre Economia na semana passada teve repercussão. Justamente por essa diferença de concepções entre assumir um cenário de crise instalada e consolidar uma retórica otimista.
Tião Viana II
À boca miúda, poucos empresários se identificaram com o discurso oficial. A maioria não assume essa condição publicamente, mas a concepção que têm da realidade é bem diferente. Descontado o fato de que empresário sempre chora além da fome, é preciso calcular melhor como enfrentar a crise sem se distanciar do que pensa o setor produtivo e comercial.
Tião Viana III
É preciso frisar, no entanto, que o esforço do governador em ampliar a base de produção é realidade que não se pode omitir.
Redes sociais
Na entrevista, sobrou até espaço para falar sobre sua atuação nas redes sociais. Via-na discorda que se expõe demais (para um chefe de Estado) em situações desnecessárias. “Um projeto sério e honrado como o da Frente Popular tem que ser defendido em todas as situações”, afirmou o governador. “Não admito acusações levianas e irresponsáveis”, argumenta.
Radares
Amanhã (dia 7), os radares de aferição de velocidade instantânea de veículos começam a entrar em operação. A previsão é de que as punições por excesso de velocidade ocorram a partir do dia 7 de fevereiro.
Radares II
O Detran/AC foi até muito comedido. Colocou radares em apenas 16 pontos da cidade. Tem-se que admitir: é pouco. Há motoristas que chiam, resmungam, reclamam. Mas, não tem jeito. Se não for sentido no bolso, o condutor não se sente “estimulado” a cumprir a lei.
Multas
O que o Detran precisa convencer é de que os recursos oriundos do pagamento de multas não têm “metas” a serem atingidas. Se a lógica for essa, aí fica confirmada a “indústria da multa”. E joga por terra qualquer tentativa de relacionar o respeito às leis do trânsito com cidadania.
É a lógica
Presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, esteve pelo Acre. Na agenda de trabalho, nenhuma novidade. Nenhuma mesmo. Entendendo os desafios do cotidiano e tentando decifrar o silêncio da diretoria da empresa é que se percebe o porquê de tantas críticas por parte do público. A falta de transparência e diálogo dão voz a outras pessoas. É a lógica.