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Apenas 6% da população carcerária do Acre trabalha ou se profissionaliza, afirma Depen

Menor taxaO Departamento Penitenciá-rio Nacional (Depen) revelou os dados sobre a labuta (trabalho) de reeducandos de todo o Brasil e, para o Acre, os números não são nada bons. De acordo com as estatísticas do Depen, referentes até julho do ano passado, do total da população carcerária acreana (que, aliás, é a maior, proporcionalmente, do país) só 6% dos presidiários trabalham ou exercem alguma atividade com vista à construção de uma carreira profissional (capacitação que envolve atividade produtiva) dentro do sistema penitenciário, antes de alcançar a liberdade.  

Com tal percentual, o Acre tem a 4ª pior taxa nacional para o quesito de presos trabalhando, perdendo apenas para as inatividades dos reeducandos dos sistemas prisionais do Rio Grande do Norte (5% dos presidiários de lá trabalham), do Ceará (3%) e do Rio de Janeiro (2%). Além destes 3 estados e do Acre, outros 2 estados estão na lista negra das taxas abaixo de 10%: o Pará (com 8%) e a Paraíba (também com uma taxa de 8% de seus presos se profissionalizando).   

Enquanto isso, outros estados vivem outra realidade em seus sistemas penitenciários. É o caso de São Paulo (onde 25%, ou seja, 1 em cada 4 presos, exercem práticas de laborterapias ou já tem empregos) e em Minas Gerais (22% dos presos almejam profissões antes de serem soltos).

Já em comparação com a média nacional, que é de 20% dos presos ocupados, o Acre tem uma taxa 3 vezes (ou seja, de 14 pontos percentuais) pior.

Como justificativas, os institutos de administração penitenciária dos estados com baixo índice alegaram que os dados do Depen estão incompletos, pois não leva em conta os reeducandos que estão empenhados em alguns tipos de trabalho nas próprias prisões, tal como limpeza, cozinha, confecções artesanais, etc.

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