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Cheia do Rio Acre preocupa população; enchente não está descartada

 Com as chuvas decorrentes que acontecem no Estado durante o inverno amazônico, a população começa a se preocupar com a chegada de uma nova enchente. O Rio Acre, na medição realizada na manhã de ontem, 11, apresentou o nível de 11,47 metros. Ano passado, nesse mesmo período, alguns bairros já estavam tomados pela água.

 A Defesa Civil municipal tem realizado monitoramentos todos os dias em toda a bacia do Rio Acre, explicou o Capitão Edem Santos. “O monitoramento, por parte da defesa civil e do poder público municipal, é diário. Temos feito avaliações em toda a bacia do alto e do baixo Acre. Todos os rios que fazem intercepção e que colaboram com a elevação do nível da água no eixo do Rio Acre passam por um monitoramento, que são os rios de Assis Brasil e Brasiléia, Rio Xapuri, Rio Iaco, Riozinho do Rôla. As chuvas que acontecem na região de Rio Branco não tem tanta interferência, porém ela fortalece e potencializa.”.

 Por enquanto, ainda não é possível afirmar se irá acontecer uma enchente este ano. “Com esse monitoramento, fazemos todas as previsões e possibilidades. No momento, não temos condições de informar se vai acontecer ou não uma enchente. Temos todas as avaliações dos comparativos históricos de 1971 até hoje e com base nessas informações científicas, realizamos os prognósticos. As maiores enchentes aconteceram de 10 em 10 anos. Mas nós tivemos alagação em 2006, 2009, 2010, 2011 e 2012. Com maior ou menor potencial, a enchente acontece. Ela ocorre geralmente entre os meses de janeiro a abril”, frisou Edem.

 Na última quinta-feira ocorreu uma forte chuva na capital e alguns bairros alagaram, mas o capitão explicou que não foi por conta da cheia do rio. “As enxurradas acontecem naturalmente. Dependendo do setor da cidade em que a precipitação for mais acentuada, pode acontecer que as residências alaguem. Isso ocorre muito nas casas próximas à córregos e influencia apenas no momento da chuva, gerando um transtorno as pessoas”.

 A Defesa Civil está preparada para atender a população no caso de enchente, afirmou Edem.
“Já foi elaborado o plano de contingência, todos os órgãos de administração diretos e indiretos que compõe a defesa civil já sabem exatamente o papel em caso de um evento extremo. Quando a cota do rio atingir 12 metros, iremos iniciar o trabalho de limpar o Parque de Exposições, que é o principal lugar de acolhimento aos desabrigados pela enchente. Iremos fazer assepsia, construção de abrigos para que estejamos pronto quando o nível chegar à cota de alerta, que é de 13,50 metros. Além disso, nesse período de inverno amazônico é crítico e pode acontecer movimentação de terra, deslizamento ou desbarrancamento. Temos várias solicitações e avaliamos se as casas estão em risco maior. Já temos mapeado todas as áreas que acontecem esses fenômenos e estamos fazendo um trabalho de educação e conscientização, retirando as pessoas que estão em risco nessas regiões”, concluiu. 

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