A estratégia dos advogados de defesa do pecuarista Adálio Cordeiro mudou. Antes, consideravam ruim a presença do acusado na cidade onde foi preso no dia 9 de janeiro. “Adálio em Ji-Paraná não é bom para ninguém”, disse na ocasião o advogado de defesa Emilson Brasil.
Agora, o cenário mudou. Com 80 anos e com a saúde debilitada, Adálio Cordeiro em Ji-Paraná teria menor desgaste. No dia 22, a expectativa é de que a 2ª Vara da Infância e Juventude tenha um dia tumultuado. A exposição dian-te à imprensa, a pressão das testemunhas poderiam agravar o quadro de saúde.
Diante dessa situação, aumenta a possibilidade de que o pecuarista faça o depoimento via satélite ou por internet. Na segunda-feira, equipes do juizado e do Tribunal de Justiça fazem uma reunião para definir os detalhes das audiências de instrução processual.
As declarações serão gravadas. As testemunhas e os acusados ficarão em salas separadas. Os acusados terão condições de assistir às declarações das testemunhas por meio de um monitor de tevê integrado a um sistema de vídeo que será instalado.
Não há possibilidade de constrangimento de nenhum dos grupos entre si. Detalhes sobre como a imprensa poderá atuar na cobertura dessas audiências ainda serão informados. O juiz da 2ª Vara da Infância e Juventude, Romário Divino, foi convencido pelos advogados de defesa a rever o modo prisio-nal. O pecuarista já cumpre prisão domiciliar.