Na medição realizada às 6 horas de ontem, o Rio Acre apresentou o nível de 11,80m. As constantes chuvas, comum nesse período de “inverno amazônico”, têm assustado moradores de alguns bairros. A população de Rio Branco ficou apreensiva com uma possível enchente, mas até o presente momento o problema são as enxurradas.
George Santos, coordenador municipal da Defesa Civil, ressaltou que o rio é monitorado três vezes ao dia. “A situação do Rio Acre hoje é de normalidade, apesar das fortes chuvas que ocorreram e precipitações consideráveis aconteceram na bacia. Estamos observando e monitorando diariamente. Ontem o rio apresentou um sinal de vazante. Como em Xapuri, Assis Brasil e Brasiléia choveu bastante, talvez tenhamos um reflexo de subida. Um aspecto positivo é que o Riozinho do Rôla está baixando. Ontem ele apresentou 12,29m”.
Igarapés transbordaram e residências foram atingidas pela água. “O que nos preocupou foram os pontos onde ocorreram várias enxurradas. A chuva de domingo para segunda-feira foi muito localizada em Rio Branco e a maioria dos igarapés que nascem nessa região tiveram uma sobrecarga de água e em consequencia disso, aconteceu enxurradas em alguns pontos. Tivemos enxurradas nas proximidades do igarapé Batista, Judia, Dias Martins, nos colocando em situação de atenção. Estamos fazendo o monitoramento dessas áreas, que apresentaram baixa. Janeiro, fevereiro e março são períodos chuvosos e temos que ter uma atenção maior”, pontuou George.
Famílias de uma área no conjunto Nova Esperança, um dos mais afetados, foram removidas, frisou Dora Araújo, secretária de assistência social. “Estamos trabalhando em alguns pontos com a Defesa Civil, que está identificando as famílias que estão em áreas de risco e removemos essas pessoas destes locais. No Nova Esperança temos recursos do PAC e uma infraestrutura será realizada em 11 ruas. Uma intervenção será feita em 72 casas e como não temos condições de remover todas ao mesmo tempo, estamos trabalhando nos pontos mais críticos. Já foram retiradas 29 famílias, que são encaminhadas a casas de parentes e outros acolhemos dentro do benefício social”.