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Vara de Execuções Penais comprova denúncia de alimentos vencidos em presídio de Rio Branco

Juiza LuanaA Vara de Execuções Penais (VEP) de Rio Branco abriu inquérito administrativo para averiguar denúncias de que o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen/AC) estaria servindo alimentos vencidos a reeducandos.

Titular da unidade judiciária, a juíza Luana Campos estava de plantão nesse domingo (13), quando recebeu mais uma reclamação. “Já de algum tempo, vínhamos recebendo esse tipo de denúncia por parte dos reeducandos e familiares, mas não pudemos comprová-la. Desta vez, autorizei um mandado de averiguação para que fosse inspecionada a cozinha da unidade prisional Francisco de Oliveira Conde”, explicou.

Desse modo, um oficial de Justiça e uma servidora da VEP foram até o presídio verificar a denúncia, e confirmaram que havia mesmo alimento vencido – o qual inclusive seria servido na ocasião aos apenados.

Foram encontradas 8 caixas, sendo que cada 1 delas continha 20 Kg de salsichas vencidas.

O material foi apreendido, tendo sido deixado como depositário fiel um servidor da empresa Tapiri. A cozinha do FOC é administrada por uma empresa terceirizada (a Tapiri), e somente a mão de obra utilizada que é de reeducandos.

Durante inspeção realizada em 2012, o Depen já havia orientado o Iapen a rever o contrato firmado com a Tapiri. No caso, foi constatado que “os valores cobrados pelas alimentações estavam superfaturados”, ou seja, estava sendo cobrado um “valor muito alto e a empresa está comprando alimentos vencidos para os reeducandos”.

De acordo com o art. 7 da Lei 8.137, constitui crime contra as relações de consumo: “vender, ter em depósito para vender ou expor à venda ou, de qualquer forma, entregar matéria-prima ou mercadoria, em condições impróprias ao consumo”. (Agência TJ/AC)

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