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Operação Delivery: Iapen tem que trazer Adálio até dia 21 de janeiro

Adalho IapenO juiz da 2ª Vara da Infância e Juventude, Romário Divino, determinou que o Instituto de Administração Penitenciária transfira Adálio Cordeiro para o Acre até 21 de janeiro. Cordeiro está no Presídio Central, em Ji-Paraná, cidade onde estava foragido da Justiça desde dezembro.

A ordem judicial chegou à direção do Iapen ontem, às 4 da tarde, e foi encaminhada à gerência de Inteligência e Segurança, que planeja ações especiais que tratam de presos ou cidadãos à disposição da Justiça, como é o caso do pecuarista envolvido na Operação Delivery.

A data estipulada pelo juiz tem razão de ser. As audiências de instrução processual ocorrem na Vara de Infância e Juventude no dia 22 de janeiro e seguem até o dia 5 de fevereiro.

Nesse período, irão depor todos acusados e testemunhas envolvidos na Operação Delivery. O Tribunal de Justiça instala uma estrutura de comunicação interna que garanta a separação física entre os dois grupos.

Todo cuidado está sendo tomado para que sejam garantidas a segurança e discrição das pessoas envolvidas. “É preciso tomar cuidado para que os acusados, as pessoas citadas ou até mesmo as testemunhas não sejam tratadas como criminosos sem serem julgados”, afirmou um técnico do TJ.

Nesse dia da audiência de instrução processual, estão sendo aguardados 15 advogados de defesa. Além deles, os sete aliciadores presos, testemunhas e acusados.

Civil descartada
Cogitou-se a possibilidade de a Polícia Civil realizar a operação, mas a situação foi descartada. “Só o faremos se for uma determinação da Justiça”, afirmou o secretário de Estado de Polícia Civil em exercício, André Luiz Prado Monteiro da Silva.

Um integrante da banca de advogados de defesa já está em Ji-Paraná prestando assessoria ao pecuarista Adálio Cordeiro. “Nós e a família de Adálio Cordeiro temos o maior interesse em ajudar”, avisou o advogado de defesa, Emilson Brasil. “Adálio em JiParaná não é bom para ninguém”.

A defesa estuda a possibilidade de pedir o benefício de prisão domiciliar. “Nós estamos avaliando com cautela essa possibilidade porque eu não posso pedir esse tipo de benefício embasado somente no fato de meu cliente possuir 80 anos”, explicou Brasil.

A estratégia da defesa é reunir informações que demonstrem ao juiz que as condições de saúde de Adálio Cordeiro exigem uma condição prisional diferenciada. Informações como número e complexidade de cirurgias pelas quais Cordeiro já passou e a medicação exigida para manutenção da saúde são as ferramentas que estão sendo construídas pela defesa.

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