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OPERAÇÃO DELIVERY: Pecuarista Adálio é preso em casa de luxo em Ji-Paraná

O Núcleo de Operações da Polícia Federal em Ji-Paraná prendeu na tarde de ontem o pecuarista Adálio Cordeiro, foragido da Justiça, acusado de exploração sexual de adolescentes no Acre.

Desde o fim de dezembro, o Núcleo de Operações, chefiado pelo escrivão Cleber Domingos, realizava investigação na busca do pecuarista. “Ele estava aparentemente tranquilo”, relata o delegado da Polícia Federal em Ji-Paraná, Sandro Luiz do Valle Pereira, que estava na hora da prisão. Cerca de 15 homens da Polícia Federal participaram da busca e prisão de Adálio.

A casa onde o pecuarista foi encontrado era “uma casa de luxo” na área urbana do município rondoniense. Diante das evidências apuradas pela equipe da PF, os agentes fizeram o que tecnicamente se denomina de “busca consentida”.

“Nós não tínhamos um mandado de busca expedido por um juiz e precisamos da anuência da dona da casa para podermos autuar”, afirmou o delegado Pereira.

Adálio Cordeiro foi encaminhado para o Presídio Central de Ji-Paraná e vai ficar na unidade prisional à disposição da Justiça. Não há, até o momento, nenhuma determinação para a transferência do pecua-rista para o Acre.

O casal proprietário da casa onde estava Cordeiro também foi autuado por crime de favorecimento pes-soal. De acordo com o Código Penal, o casal infringiu o artigo 348 que tipifica como crime “auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que é cominada pena de reclusão”. Traduzindo: esconder ou ajudar foragidos.

O delegado não quis informar quais os “recursos de investigação” usados para chegar até a prisão do pecuarista. A Polícia Federal não confirmou se chegou a prender Adálio Cordeiro por meio de denúncia anônima. “Não posso informar”, interrompeu o delegado.

Adálio Cordeiro integrava grupo de “clientes” de uma rede de aliciadores que praticavam exploração sexual de adolescentes menores de 18 anos e maiores de 14. O trabalho policial iniciou em 17 de outubro e foi denominado de Operação Delivery. O nome decorre do fato de que, em várias ocasiões, a rede de sete aliciadores fazer a entrega das garotas onde os clientes desejavam. Assuero Doca Veronez, outro pecuarista também envolvido na Operação Delivery ainda continua foragido.

“Processo continua normal” – Apesar de os advogados de defesa divulgarem a tese de que a Vara da Infância e Juventude “não tem competência para julgar os crimes presumidos na Operação Delivery, o processo continua normal. Até o momento, não há nenhum impedimento legal em condições de barrar prisões e julgamentos.

Categories: POLICIA
A Gazeta do Acre: