Alvo de críticas desde que deixou o cargo, o ex-prefeito de Porto Acre, Zé Maria (PT), alegou que foi injustiçado ao ser acusado de uma série de ingerências. Na tarde de ontem, Zé Maria procurou A GAZETA para dar a sua versão sobre os fatos denunciados pelo atual prefeito Carlinhos da Saúde (PSDB).
Com ele estavam documentos com detalhes da sua administração frente à prefeitura. Segundo José Maria, diferente do que fora passado, a patrulha mecanizada pertencente ao mu-nicípio está em perfeito estado de conservação, pois o atual gestor está utilizando o maquinário na retirada de lixo da cidade e na manutenção de ramais.
Quanto à infraestrutura das pontes, o ex-prefeito sinaliza que todas estão operando normalmente e que as de maiores extensões foram por meio de parcerias com o Governo do Estado.
“As pontes elas estão todas perfeitas. É claro, que uma malha viária como Porto Acre fica difícil dizer que nesse período não tenhamos problemas com os ramais”.
Porto Acre tem uma malha viária de 1.400 quilômetros de ramais. Um total de 4000 metros pontes, além de 8 projetos de assentamentos. O município detém também 5 núcleos urbanos, o que segundo o prefeito sobrecarrega a administração.
“Este ano deixamos de arrecadar, com a Crise Mundial, mais de R$ 1 milhão. Isso faz uma diferença muito grande para um município pequeno como o nosso”, frisou o ex-prefeito.
O ex-gestor disse também que os repasses do FPM e de ICMS, por exemplo, são insuficientes para manter as contas do município sanadas. Ele lembrou, ainda, que a maioria das dívidas foram herdadas de outras administrações como é o caso das contas em atraso com a Eletrobras Distribuição Acre.
José Maria relatou que os R$ 2 milhões em recursos para o município são de convênios com a Suframa, Ministério da Saúde e o Ministério da Educação, e que os recursos não caem na conta da prefeitura e sim são repassados assim que as obras especificadas em projeto começam a serem realizadas.
No tocante a Saúde do município, ele afirmou que as unidades da Vila do V, Vila do Incra e Projeto Tocantins foram reformadas, além da unidade de saúde da sede daquela cidade.
“Todas foram reformadas. Tinha unidade como a da Vila do Incra que não passava por reformas desde 1980. Era em madeira e conseguimos construí-la em alvenaria. O mobiliário ficou todo adquirido”, argumentou.
Já quanto à omissão de dados, José Maria afirma que ofícios foram enviados ao atual gestor no sentido de mantê-lo informado dos compromissos que a prefeitura teria que cumprir em 2013. Ele disse também que todos os dados dos computadores se encontram a disposição e que nada foi deletado.
“Nós temos como comprovar. Está tudo documentado em ofí-cios sobre a nossa transição. Inclusive, foi solicitado uma sala pela atual gestão e nós de pronto a atendemos. Uma sala que tivesse computador, internet, enfim todos os meios”.
Finalizando, o ex-prefeito José Maria disse que irá procurar o Ministério Público e apresentar a sua versão dos fatos, com base nos documentos enviados a atuação gestão.
“Não tenho o que temer, sou um homem de bem. Vou procurar meus direitos. Eu nunca fugi de Porto Acre como disseram. Sempre estive naquela cidade.Eu resido lá”, afirmou José Maria.