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Prefeito de Porto Acre desconhece até as dívidas do seu antecessor

À sombra de uma árvore, na praça central da cidade, o novo prefeito de Santo Amaro das Brotas/SE, Luis Gallardo (PSL), assinou os primeiros despachos após assumir. Gallardo sentou-se num banco de cimento, porque não tinha poltrona. Usou as pernas para apoiar os papéis por falta de mesa. Com o gabinete sem luz e cheio de bujões de gás e panelas, empossou o secretariado “embaixo de um pau de árvore”.

Esse prefeito sergipano é um exemplo extremo da situação de caos que os novos administradores dizem ter encontrado logo após a posse, em todo o país. Alguns encontraram prédios depredados, sem energia e internet (cortadas por falta de pagamento), veículos em frangalhos ou instalações sem móveis. “Arrasada é apelido”, diz Gallardo, o prefeito sem gabinete, sobre a situação da prefeitura. “O cabra esculhambou mesmo”, afirma ele sobre o antecessor, José Ivaldo Costa (DEM).

Em Porto Acre/AC, a nova gestão, de Antonio Carlos Ferreira (PSDB), diz que não houve transição e que o governo desconhece o patrimônio e as dívidas que o antecessor, Zé Maria (PT), deixou. Em Ca-choeira Paulista (SP), João Luiz do Nascimento (PT) encontrou a prefeitura sem telefones, que foram cortados por falta de pagamento. Nascimento ficou sem computadores, recolhidos no mês passado pela Polícia Federal, que investiga supostas irregularidades do ex-prefeito Fabiano Vieira (PSDB). Em Chapadão do Céu/GO, o novo prefeito, Rogério Graxa (PP), não recebeu as chaves da prefeitura do seu antecessor, Paulo Rodrigues da Cunha (PMDB). Só conseguiu entrar na sede com a ajuda do guarda do prédio.

Em Manacapuru/AM, o prefeito Washington Luiz Régis (PMDB) assumiu sem o pagamento do salário de dezembro dos professores. O ex-prefeito Ângelus Figueira (PV) também não pagou o transporte dos alunos. O lixo toma as ruas, pois a coleta não estava sendo feita. (Jornal de Floripa)

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