O prefeito de Porto Acre, Carlinhos da Saúde (PSDB), esteve na manhã desta sexta-feira, 11, na sede da Administração Superior do Ministério Público do Acre. Ele foi protocolar denúncia contra a administração anterior por diversas irregularidades. A procuradora-geral adjunta do Ministério Público, Kátia Rejane Rodrigues, recebeu a denúncia.
Segundo o prefeito, o município se encontra em ‘situação caótica’. O atendimento básico de Saúde está comprometido e a prefeitura não dispõe de recursos para pagar os profissionais. “Estamos com os atendimentos médicos e odontológicos parados. Fazemos um apelo aos profissionais de Saúde que nos ajudem. O Conselho Regional de Medicina (CRM) que possa fazer alguma coisa”, disse Carlinhos. A crise na Saúde de Porto Acre é mais grave. De acordo com o prefeito, 1 caçamba de medicamentos vencidos foi encontrada. Medicamentos como cefalexina, dipirona, e remédios para a diabetes e hipertensão, estes de uso contínuo e de maior necessidade. “Acredito que estes medicamentos foram adquiridos perto da data de vencimento. São mais de R$ 300 mil em medicamentos”.
Ainda, com base nas declarações do prefeito Carlinhos da Saúde (PSDB), a prefeitura está conseguindo abastecer as ambulâncias para o transporte de pessoas com maior necessidade para a Capital.
O dinheiro deixado em caixa não ultrapassa os R$ 200 mil, contrariando a versão da administração anterior em que aproximadamente R$ 2 milhões estavam nos cofres da prefeitura, conforme informou o chefe do executivo municipal daquele município À GAZETA.
Outro problema enfrentado diz respeito ao maquinário que foi repassado pelo Governo do Estado. A patrulha mecanizada que seria para a abertura e a manutenção de ramais encontra-se em estado de sucateamento. O secretário responsável pela pasta informou ao prefeito que muito dos equipamentos estão sem bateria. Outros faltam até os pneus.
Quanto às dívidas do município, o poder municipal contabiliza em torno de R$ 300 mil só para a Eletrobras Distribuição Acre. Mas o maior débito é com a Previdência Social, cerca de R$ 6 milhões.
Carlinhos da Saúde está fazendo uma auditoria e assim que os dados sejam finalizados serão encaminhados ao Ministério Público Estadual e ao Tribunal de Contas do Estado.
A procuradora geral adjunta, Kátia Rejane Rodrigues, disse que todas as providên-cias serão tomadas quanto às denúncias apresentadas. “O Ministério Público fará as investigações necessárias e conforme o resultado responsabilizará os envolvidos”, afirmou a procuradora.