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Lembranças de um jornalista

Lembro que exatamente há 31 dias, o telefone tocou e uma voz suave me disse para comparecer ao jornal A GAZETA para uma entrevista de emprego. Era a voz da jornalista Geisy Negreiros, à época, editora-chefe deste matutino.

Geisy, muito simpática pediu que eu estivesse no jornal a partir das 14h. Rapidamente me organizei, imprimi alguns textos e fui ao chamado de emprego, afinal, não é todo dia que te ligam dizendo para se fazer entrevistas.

Eu sempre meio tímido, cheguei ao impresso e fui recebido pela editora que de pronto disse: Você é o José! Sorriu e pediu que eu a acompanhasse. Fez algumas perguntas de praxe. E no final disse ter gostado do meu texto, porém iria conversar com o senhor Silvio Martinello.

Fui para casa aguardar a resposta e exatamente no último dia 31, às 19h30, o telefone toca e Geyse diz: José você pode começar na quarta-feira, 2. Fiquei todo feliz e na quarta estava eu lá. Com poucos contatos e com uma responsabilidade de fechar diariamente a página de política, porém, o apoio de amigos jornalistas como Itaan Arruda, Sandra Assunção e Gina Menezes comecei o meu trabalho aqui neste impresso.

Mas fazer política foi uma experiência iniciada lá na Agência de Notícias Janelão.Net, com o jornalista e meu amigo pessoal Tião Vitor. Não poderia aqui deixar de dizer a gratidão que tenho pelo meu amigo Tião Vitor. Conheci Tião ainda na faculdade e sempre muito sereno e equilibrado, humilde, tinha comigo uma relação de respeito. Uma frase que guardo dita por ele é o seguinte: “tem espaço para todos”. Isso foi dito a mim lá no início, quando comecei a fazer jornalismo na Ufac.

Sei que de agora em diante novos sonhos podem surgir, novos caminhos a trilhar, novos amores a conquistar. Como dizia Gonzaguinha: “sem o seu trabalho o homem não tem honra”. Nesse sentido, trabalhar em A GAZETA está sendo prazeroso. Todos sabem das suas responsabilidades. Há uma liberdade de expressão dentro do jornal. Claro que devemos respeitar a linha editorial do veículo, mas nada mais natural. Há um sentimento de comprometimento entre os funcionários de A GAZETA.

Percebo que a humildade começa de cima para baixo neste matutino. Começa no proprietário do impresso e se estende até ao motorista que conduz, nós repórteres, todos os dias para a execução do nosso trabalho.

Quando pensei em escrever, eu disse por que não falar da minha trajetória? Esse artigo não é puxa-saquismo. Não preciso disso, mas creio que os valores continuam e as pessoas devem ser lembradas em nossas vidas. Devem fazer parte daquilo que nos traz esperança. Daquilo que nos incentiva a sorrir e a viver.

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