Quem passa ao longo do quilômetro 5 da BR 364, sentido Rio Branco/Porto Velho, já pode visualizar o canteiro de obras que se transformou uma área que estava praticamente abandonada. Trata-se dos trabalhos iniciais para a construção da Cidade do Povo, onde serão construídas mais de 10 mil casas, além de escolas, unidades de saúde, posto policial e outros, com toda infraestrutura necessária para que as famílias possam morar com qualidade e dignidade.
Esse é considerado o maior projeto habitacional de toda história do Acre. Como o próprio nome já diz, será construída verdadeiramente uma cidade para 60 mil pessoas. Já em 2013 mais de 6,6 mil casas começam a ser construídas.
“Esse é um projeto que vai beneficiar não somente as milhares de famílias que vão receber uma casa sem nenhum custo para elas. Mas também vai aquecer os vários setores da nossa economia com geração de emprego e renda para outras milhares de famílias. É, com certeza, o início de um novo momento para nossa economia”, assegura o secretário de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens), Edvaldo Magalhães.
Entre os critérios para a seleção das famílias que serão beneficiadas está a renda familiar e as condições de habitação atual. Na primeira etapa do projeto, com previsão para iniciar em março, com a construção de 6,6 mil unidades, a metade das casas será doada para famílias que hoje se encontram em áreas alagadiças.
A outra parte será destinada, de forma subsidiada (com contrapartida dos beneficiados), a famílias de baixa renda. O diferencial é que essas famílias vão morar em um lugar com rede de água, esgoto, escolas, postos de serviços, agências bancárias, unidades de saúde, supermercados e muito mais.
Mas e o que isso representa para a economia acreana? Essa é uma pergunta fácil de responder. Primeiro porque vai melhorar a qualidade de vida de milhares de famílias que hoje moram em áreas de riscos e que a cada ano sofrem prejuízos com a enchentes. Retirando essas famílias desses locais, o Poder Público também deixará de gastar com a construção de abrigos, alimentação e outras despesas com as famílias desabrigadas.
Esse é apenas um olhar direto, mas real. A seguir o Acre Economia cita alguns dos setores da economia acreana que serão diretamente beneficiados com a Cidade do Povo:
Indústria e Comércio
Imaginemos o seguinte cenário: a construção de 6,6 mil casas. Quantos milheiros de tijolos, metros de areia, brita, cimento e outros produtos serão utilizados? Isso significa que teremos um aquecimento nas vendas de várias empresas.
As olarias, que já receberam um incentivo com o programa Ruas do Povo, já se preparam para a fabricação de milhares de tijolos maciços e de oito furos. Isso representa a contratação de mão-de-obra, beneficiando outras milhares de famílias.
Os empresários que trabalham com a venda de areia também estão otimistas. Muitos já estão se preparando para comprar novos e modernos equipamentos, além da contratação de novos trabalhadores.
Quem também não esconde o otimismo são os comerciantes que trabalham com a venda de material de construção. Fios, canos, pisos, tintas, pregos, entre outros produtos, terão uma saída acima do normal.
Com a venda dos produtos garantida, os empresários devem fazer novos investimentos e até mesmo contratar novos trabalhadores. Os benefícios vão bem mais além se lembrarmos que outras obras vão acontecer simultaneamente ao projeto Cidade do Povo.
O secretário da Sedens, Edvaldo Magalhães disse as empresas que fornecem insumos e serviços da cadeia da indústria e construção civil, estão recebendo incentivos para modernizar seus equipamentos e aumentar a capacidade produtiva.
Marceneiros mais uma vez beneficiados
Quantas portas e janelas serão utilizadas somente nessas primeiras 6,6 mil unidades residenciais que começam a ser construídas em 2013? É um cálculo que enche os olhos de qualquer marceneiro. A boa notícia é que as empresas responsáveis pela construção das casas vão comprar das marcenarias acreanas essas portas e janelas.
Com isso, o setor marceneiro do Acre, que nos últimos anos vem recebendo total atenção do Governo do Estado, através da Sedens, com a execução de um programa voltado especificamente para o setor, mais uma vez será beneficiado.
Novos trabalhadores e o dinheiro circulando no Estado. Eis ai dois benefícios que merecem atenção. Isso porque as portas e janelas das casas construídas nos últimos tempos, são fabricadas em outros estados.
Agora, o Acre que é modelo em Manejo Florestal e tem um Programa de Fortalecimento do Setor Marceneiro e Moveleiro, dá mais um bom exemplo de incentivo àqueles que durante muito tempo ficaram esquecidos e abandonados.
Geração direta de empregos
Imaginemos mais uma vez as obras de construção das casas da Cidade do Povo. Quantos homens e mulheres serão necessários para garantir o bom andamento do projeto? A estimativa é que, no pico das obras, durante o verão, sejam gerados cerca de 15 mil postos de trabalho.
É um número tão significativo, que a Sedens já trabalha com a possibilidade de realizar cursos de formação para garantir a mão-de-obra necessária. “Se você parar para pensar talvez hoje não temos em Rio Branco todos esses trabalhadores. Tenho certeza que vamos trazer pessoas do interior e até mesmo formar novos profissionais para trabalhar nesse projeto”, destaca o secretário Edvaldo Magalhães.
Para o secretário, a obra vai exigir a multiplicação na produção na área de serviços, a multiplicação na capacidade técnica instalada em toda a cadeia da indústria da construção civil, gerando assim, milhares de postos de trabalho.
Brasil e Peru ampliam o limite de frotas para transporte de cargas
JAQUELINE TELES *
io Branco sediou nos dias 21 e 22, no hotel Imperador Galvez, a VII Reunião Bilateral entre Brasil – Peru dos Organismos Nacionais Competentes de Aplicação do Acordo sobre Transporte Internacional Terrestre – ATIT. Estiveram presentes sindicatos e associações de empresas transportadoras de ambos os países, além de representantes dos governos brasileiro e peruano.
A reunião definiu entraves de transportes de cargas entre os dois países. O mais grave deles está relacionado a um limite de 30 mil toneladas de frota, que as empresas transportadoras são obrigadas a cumprir anualmente. Essa limitação impede que o comércio entre os dois países cresça, e consequentemente impede também a entrada de novas empresas no mercado.
Mas, depois de dois dias de reuniões entre as autoridades governamentais de ambos os países, pressionados pelos agentes transportadores, essa limitação de 30 mil toneladas de frota foi ampliada para 50 mil anuais. Segundo Jair Santos, assessor especial da Secretaria de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens), esse aumento de 20 mil toneladas já é uma grande vitória para o intercambio comercial com o país andino.
“Nossa meta aqui é ampliar o comércio com o Peru. É criar oportunidades para novas empresas. Mesmo não conseguindo extinguir esse limite de cargas, conseguimos ampliar de 30 para 50 mil, e isso já é uma grande vitória”, comemora.
Para o diretor-geral de Transporte Terrestre do Peru, Jose Luiz Qwistgaard Suárez, a tendência é que no decorrer dos anos essa limitação não venha mais existir. “No último ano, o Brasil e o Peru usando o transporte terrestre, via interoceânica, dobraram o número de exportações. Nada mais natural que aumentar esse limite de frota e, se continuarmos assim, a tendência é eliminarmos”, comentou Suárez.
Esse aumento beneficia diretamente o Estado do Acre na visão da diretora executiva da Transporte Internacional e Multimodal da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística, Sônia Rotondo.
Para nós, o Acre é um estado estratégico nesta nova rota para os portos do Pacífico, pois será o Acre que vai receber e despachar essas mercadorias. Ou seja, o setor de serviços nas áreas de comércio exterior e exportação vai crescer muito por aqui”.
Essa nova medida vai beneficiar diretamente a Zona de Processamento de Exportação do Acre (ZPE), que exportará 80% da produção de suas indústrias. Com esse aumento de 20 mil toneladas da frota, significam cerca de 800 caminhões a mais trafegando nas estradas brasileiras e peruanas, garantindo assim, o escoamento de toda a produção. (* Assessoria Sedens)
Empresa do Distrito Federal aposta em novo perfil de “concurseiros”
ITAAN ARRUDA
O Governo Federal já informou: em 2013, está prevista realização de concursos para preencher 63 mil vagas na gestão pública. Uma empresa de Brasília investe em um filão muito especial: o candidato que precisa estudar em casa.
A proposta encontra ressonância em um público que já alcança 44% dos candidatos que concorrem em concursos públicos. As ferramentas utilizadas pela empresa são vídeo-aulas, áudio-aulas e internet.
Duas condições são necessárias: foco e disciplina. “Há muitas pessoas que trabalham o dia todo ou deixam seus empregos para se dedicar aos estudos. Nesse caso, estudar em casa ajuda a economizar tempo e dinheiro”, ressaltou o empresário da Rota Concursos, Hélio Guilherme.
Para o empresário, “o estudo é um investimento de médio prazo. Quem tem um nível médio leva cerca de um ano e meio para se preparar, enquanto que os de nível superior, três anos”, calcula.
Guilherme afirma ainda que o planejamento do candidato deve estabelecer qual linha de estudos deve ser adotada.
Como acessar?
De acordo com a assessoria de imprensa da empresa, a Rota dos Concursos “é um site que permite aos assinantes baixar provas de concursos antigos pela internet e caderno de exercícios e fazer a resolução on line”
Isso permite que o estudante faça a escolha das provas, com correção disponibilizada pelo site. Dessa forma, o candidato verifica de forma mais dinâmica e rápida o desempenho, avalia os pontos fracos e direciona o estudo. “No endereço eletrônico, por exemplo, a divisão é feita por assunto e por matéria”, informa a assessoria.
Celso Oliveira é formado em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo há três anos. Por questões financeiras, decidiu estudar para concursos públicos em casa, quando ainda fazia faculdade.
Foi aprovado em cinco exames. Hoje, é um dos técnicos da Fundação Nacional do Índio, em Rio Branco. “Você tem que está bem focado nos estudos, ter um bom material e muita leitura”, indica Oliveira.
Nunca fiz cursos preparatório porque considero uma ilusão o que os cursos preparatórios oferecem. Na verdade, tudo depende do esforço do estudante em estudar em casa”.
Oliveira diz que estudar sozinho traz economia de tempo e dinheiro, mas, caso o estudante faça opção por estudar em grupo tem que fazer estudo dirigido. “Amigos com o mesmo grau de envolvimento, nível de conteúdo semelhante e domínio distinto de conhecimento”, orienta. “Dessa forma, um pode auxiliar o outro”.
Oliveira mantém a média de quatro horas diárias de estudo, fora o tempo dedicado ao trabalho e à família (esposa e filho). “Quatro horas de estudo em casa pode equivaler a cinco a seis horas em um cursinho”, contabiliza.
TEMPO E ESPAÇO
A Rota dos Concursos assegura que entre as vantagens de estudar em casa “estão a maleabilidade do tempo e do espaço”. “O concurseiro pode programar melhor sua rotina sem se preocupar com trânsito, deslocamento, horários de terceiros, cursinho preparatório, por exemplo”, afirma o empresário Hélio Guilherme. “Outra vantagem é que o estudo pode ser melhor dirigido. Além disso, é possível programar o próprio horário e escolher o tempo de descanso”.
As dicas (de acordo com a Rota dos Concursos)
Planejamento
Quem decide estudar sozinho em casa precisa ter disciplina e foco. Para isso, um bom planejamento ajuda a traçar qual será a sua linha de estudo.
Diferencial
A diferença de estudar em casa é a economia de tempo. Também é preciso ter a colaboração de toda a família. Procure explicar a sua escolha.
Material
Há diversos sites que ajudam os concurseiros com conteúdos e provas.
Benefício
Outro benefício é programar o próprio horário e poder escolher o tempo de descanso.
Quinto maior exportador, Rondônia investe mais na qualidade de carne bovina
As exportações brasileiras de carne bovina renderam exatos US$ 5.771.377, com a comercialização de 1,244 milhão de toneladas no ano passado. Com um rebanho superior a 12 milhões de cabeças, entre bovinos e bubalinos, Rondônia ocupa a quinta posição no ranking nacional, ficando atrás do Mato Grosso do Sul, Goiás, Mato Grosso e São Paulo. Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC), o Estado exportou 92 mil toneladas de carne bovina, crescendo 84% em comparação ao ano anterior, quando 49.949 toneladas foram destinadas ao mercado externo. O faturamento saltou quase na mesma proporção, saindo de US$ 211.695 milhões para US$ 384.420 milhões.
Na visão do economista e pecuarista João Arantes Neto, um dos proprietários da Agropecuária Nova Vida, sediada em Ariquemes (RO), a atividades deu um salto importante na última década, principalmente, em relação ao melhoramento genético do gado e à mudança de comportamento do produtor rural, que passa a investir mais em sanidade, nutrição, melhoramento genético e outras tecnologias. “Antes, Rondônia enfrentava problemas sanitários como as clostridioses e a raiva bovina, e os animais eram muito tardios e com baixo rendimento de carcaça. Isso se explica pelo fato de ser um Estado com abertura recente para a pecuária, a qual hoje se tornou uma de suas principais atividades econômicas, assim como vem ocorrendo com a agricultura”, explica.
Apesar da ascensão, o caminho a ser percorrido parece ser um pouco longo. Rondônia conta com poucos fornecedores de genética bovina qualificada, fator que pode limitar o processo de evolução da atividade pecuária. Mesmo havendo predominância de pequenos e médios pecuaristas, a oferta de animais “melhorados” ainda é restrita, atendendo apenas a uma pequena parcela da demanda.
João Arantes Neto diz que sua propriedade é pioneira na implantação do melhoramento genético em Rondônia e líder na comercialização de touros avaliados, com um plantel equiparável às melhores fazendas brasileiras. Desde 1997 comercializa cerca de 2.000 touros por ano, volume que, segundo ele, parece ser impressionante, mas que apenas “arranha” o potencial do mercado. “Esse cenário, aos poucos, vêm mudando, com o surgimento de fazendas apostando na formação de planteis puros e na seleção genética”, explica.Mesmo com essa carência genética, é fato que a qualidade do rebanho rondoniense evoluiu nos últimos anos. Rogério Couto Lima, gerente de compra de gado do JBS, em Vilhena (RO), grupo com maior presença no Estado, enxerga essa melhora, com base nos abates realizados. “Era comum abatermos uma vacada tardia, de nove ou dez anos. Hoje, já recebemos lotes mais precoces, de dois ou três anos, e uma vacada de até cinco anos, que foi descartada por questões de fertilidade”, afirma. O JBS conta com plantas em Ariquemes, Vilhena, Porto Velho, São Miguel do Guaporé e Pimenta Bueno, respondendo por aproximadamente 4.000 abates/dia.
Pecuária rondoniense
Rondônia faz fronteira com os estados do Amazonas, Mato Grosso, Acre e também com a Bolívia. Sua população possui em torno de 1.562.409 habitantes, distribuídos em 52 municípios. Tem no agronegócio a principal fonte de renda, com destaque à pecuária, na qual predomina o gado de corte, que representa 70% do total efetivo.
Tornou-se exportador de carne bovina em 2003, quando conquistou status de área livre de febre aftosa com vacinação e é apontado como terra de grandes oportunidades no agronegócio, pela qualidade do solo, custos de produção mais competitivos, logística e clima diferenciado, pelo curto período de seca. Seus produtos são competitivos e a remuneração pela carne tornou-se mais equilibrada, quase não havendo diferenciação às demais praças.
Segundo apuração da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron), baseada em campanhas oficiais de vacinação contra febre aftosa entre os anos de 2007 e 2011, o crescimento da atividade em efetivo praticamente manteve-se estável no período. O número de propriedades rurais com bovídeos saltou de 82.104 para 82.700, enquanto o rebanho efetivo cresceu de 11.012.911 para apenas 12.074.363. “Houve recuo no volume de propriedades, tendência não observada em 2011 e 2012, que apresentaram discreto aumento, em relação aos anos anteriores”, explica Augusto Fernandes Neto, diretor executivo da entidade.
O levantamento aponta também a vocação de Rondônia para a produção em minilatifúndios, onde predominam pequenos rebanhos. Cerca de 2/3 das propriedades com bovídeos concentram 100 reses cada e, em cada dez rebanhos, nove apresentam 300 cabeças ou menos. Oitenta por cento das propriedades são constituídas por terras inferiores a 100 hectares. “Ressalto que esses não são dados estatísticos oficias. Foram calculados por meio de declarações feitas pelos próprios produtores em relação às campanhas de vacinação”, esclarece Fernandes Neto.
Somente no ano passado 1.804.768 abates ocorreram nas 16 plantas ativas homologadas pelo SIF (Serviço de Inspeção Federal) e 65.323 em estabelecimentos com SIE (Serviço de Inspeção Estadual). “No total, são 11 frigoríficos exportadores”, afirma Tony Tenório, fiscal do Idaron, ressaltando que os abates nos frigoríficos com SIF são aproximados, baseados no número de GTAs (Guia de Trânsito Animal) emitidas. (Pec Press Imprensa Agropecuária)
NOTAS ECONÔMICAS |
Extravaganza I
Está marcado para o próximo dia 6 de março (quarta-feira) um encontro que pretende ser referência para os divulgadores da Telexfree. A equipe Titanium vai reunir mais de 300 convidados no Maison Borges, a partir das 8 da noite.
Extravaganza II
A festa de confraternização tem como convidados especiais três TOP 10, uma categoria de destaque entre os divulgadores. Dorian Silva, Jânio Ariel e Pelé Rei já exercem função administrativa na empresa e qualificam o debate em torno do marketing multi nível no Acre.
Imagem
Traje esporte fino, carros sofisticados, a melhor casa noturna da cidade. A ordem é fazer um evento com brilho e requinte. A imagem de sucesso deve ser associada ao produto.
20 anos
Há 20 anos, o engenheiro florestal Jorge Viana chegava à Prefeitura de Rio Branco. A lembrança decorre do convite feito pelo Partido dos Trabalhadores para evento que ocorre na segunda-feira para celebrar os 33 anos de partido no Acre. No Casarão, às 8 horas da manhã.
Reconhecimento I
A presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula e, como consequência, todas lideranças políticas do PT abaixo deles trabalham com a lógica correta de que a campanha presidencial já começou. Portanto, o tom dos discursos aumentou.
Reconhecimento II
O alvo principal, claro, é o PSDB, cujo candidato, Aécio Neves, vociferou essa semana no Senado que “o Brasil parou!”. Aécio também já é candidato. Portanto, está um tom acima. Nesse embate, o Acre deveria ter um comportamento mais cuidadoso, para não incorrer em injustiças.
História I
Para um acreano tecer críticas a Fernando Henrique Cardoso são necessários três fatores: má fé; desinformação ou ideologia. A má fé e a ideologia andam juntas. A desinformação é perdoável. FHC foi um presidente generoso para o Acre.
História II
Em 1998, houve o entendimento de que a polarização entre PT e PSDB não poderia ocorrer no Acre em função dos problemas locais: esquadrão; instituições fragilizadas etc etc. Jorge Viana pelo PT e Edson Cadaxo pelo PSDB fizeram a chapa que trouxe novas referências na gestão pública acreana. É fato.
Caldo de galinha
As comparações que a ideologia exige entre o governo Lula e o governo FHC, para os acreanos, deve ser uma comparação com mais rigor. Respeito, prudência e caldo de galinha…
Ministro X professor
O professor Guido Mantega (o mesmo que se cala quando o ministro vocifera) sabe que o governo Lula manteve, sim, os pilares (as referências, as bases) da política macroeconômica da gestão FHC.
Reticências…
É óbvio que a equipe econômica do ex-presidente Lula e agora a da presidente Dilma Rousseff têm evidentes méritos. Mas, não reconhecer os avanços que a gestão de FHC trouxe para a economia…
A Escola Fisiocrata
Na segunda edição da série Referências, o assunto tem o gosto de uma novidade: Fisiocracia. A palavra é feia, mas trouxe um ar de ineditismo ao universo do pensamento econômico na segunda metade do século XVIII.
Para facilitar a explicação e o entendimento, é possível si-tuar (sem causar muitos estragos à lógica e dinâmica da História) a Escola Fisiocrata entre duas publicações de dois importantes nomes da Economia: Francois Quesnay e Adam Smith.
A Escola Fisiocrata (pode-se simplificar) surgiu na França com Francois Quesnay na publicação do primeiro artigo com princípios econômicos que defendiam as ideias fisiocratas e termina com a publicação de Riqueza das Nações, de Adam Smith, já como o grande nome da Escola Clássica.
Por que a Escola Fisiocrata foi necessária?
O século XVIII foi um século de profundas transformações no mundo. Não apenas nas questões vinculadas à Política e à Física, mas, também no que se refere à construção de novas referências nos parâmetros de produção. A Europa precisava de uma nova forma de produzir, diferente do que foi elaborada em todo o período feudal.
A fisiocracia, de certa forma, foi uma escola que surgiu para negar o Mercantilismo e negar também os fundamentos econômicos elaborados durante a Idade Média.
Quais são os princípios defendidos pelos fisiocratas?
Foi com os fisiocratas que se criou a expressão Laissez-faire, laissez-passer. Literalmente, significa deixar fazer, deixar passar. Do ponto de vista da concepção econômica, significa: deixar as pessoas [produtores] fazerem o que quiserem sem a interferência do governo.
É uma expressão de significados tão amplos que foi adotada por outras áreas do conhecimento, tendo como fundamento principal a Liberdade e o Estado (ou Ordem) Natural das coisas, outra ideia muito defendida pelos fisiocratas. Eles acreditavam que tudo no universo tinha uma ordem natural e que não é concedida a ninguém autorização para conturbar esse equilíbrio, essa ordem.
A valorização da agricultura como fonte geradora de riqueza
Para os fisiocratas, o comércio, a indústria, o artesanato, as profissões de uma forma geral, eram atividades “estéreis” (não geradoras de riquezas). Se o comércio e a indústria não geravam riqueza, logo, para os fisiocratas, o trabalho não era valorizado. Somente a agricultura era capaz de produzir excedente. Portanto, a terra, sim, tinha valor. Eles enfatizavam a produção e não a troca.
O que ficou?
1) Os fisiocratas foram os que primeiro se preocuparam em fazer análise de fluxo de bens e riquezas. Ao fazer isso em toda a sua complexidade, acabaram dando à Economia o caráter de uma ciência so-cial. Se hoje é possível conceber a Economia como uma ciência social isso é uma herança que se deve à Escola Fisiocrática. 2) Um dos principais teóricos da fisiocracia, Francois Quesnay, elaborou um complexo fluxo de riqueza entitulado Tableau Economique (Quadro Econômico). Essa análise foi tão importante que criou dois fundamentos para a economia moderna: explicou o fluxo da economia e deu elementos para gerenciamento das contas nacionais. 3) Ao levantar a bandeira do Laissez-faire, laissez-passez, os fisiocratas chamam para o debate o papel do governo na economia.
Teóricos fisiocratas
# Francois Quesnay (1694-1774);
# Vicent de Gournay (1712-1759);
# Jacques Turgot (1727-1781)
Próxima semana
Na próxima semana, a série Referências traz informações sobre o papel da Escola Clássica na História do Pensamento Econômico.