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Agentes socioeducadores protestam contra a falta de segurança em unidades socioducativas

ManifestaçãoAgentes socioeducadores realizaram, na manhã de hoje, uma paralisação de advertência em frente ao prédio do Instituto Socioeducativo (Ise). Os profissionais reivindicam mais segurança dentro das unidades socioeducativas e mais atenção da presidência do órgão. Hoje, no Acre, 246 agentes atuam nas unidades. 

Segundo Betho Calixto, presidente do Sindicato dos Agentes Socioeducativos do Acre, há muito tempo eles procuram resolver os problemas que assolam as unidades. “Infelizmente o governo tem tratado os assuntos pertinentes a categoria de agentes socioeducativos de uma maneira contrária. O sindicato já fez de tudo, para tentar de uma maneira amistosa, fazer reuniões com o Ise, mas até agora o próprio instituto não resolveu acatar o que foi colocado nos ofícios que encaminhos”.

A falta de revista nos familiares ao entrar nas unidades prejudica os agentes. “É difícil trabalhar nesse descaso dentro das unidades socioeducativas, o que tem sido feito foram somente trabalhos relacionados aos menores infratores, ou seja, colocaram que não se pode mais haver revistas nos familiares. Isso tem ocasionado um constrangimento muito grande para a categoria. Infelizmente existem familiares que levam drogas para as unidades, instrumentos que são utilizados contra a vida dos profissionais. É inadimissível aceitar essas imoralidades”, ressaltou o sindicalista.

Betho afirmou que quando profissionais sofrem alguma agressão ou outro tipo de violência, os menores não respondem pelos atos. “Se um agente sofrer uma agressão de um menor, ele faz um boletim de ocorrência, mas são raras as situações em que o menor infrator é punido. Existe toda a questão da impunidade, da idade e nenhum deles é punido da maneira que deveria ser. Não acontece praticamente nada. Um socioeducador foi colocado como refém e esses menores não foram julgados. Nós que sofremos”.

Os agentes ameaçam realizar greve caso as reivindicações não sejam atendidas. “Essa é uma paralisação de advertência, todos os profissionais estiveram presentes para manifestar.

As nossas vidas estão em risco e muito de nós temos famílias, filhos e zelam por eles. Fazemos o nosso trabalho sem mecanismos, sem segurança e até agora o instituto não tem colocado a disposição desses profissionais nem ao menos um policial para fazer rondas nas casas onde são feitas os monitoramentos dos menores. A categoria vai fazer uma assembléia geral no dia 4 de março. Iremos colocar todas as pautas e iremos decidir se será realizado uma paralisação ou um indicativo de greve. A maior preocupação é com as nossas vidas, a situação tem se agravado dentro das unidades e não há nenhum manifesto. Há tempos procuramos e não obtivemos êxitos nas nossas ações”, concluiu.

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