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Agricultor alerta para riscos de tragédias por intoxicação em carnavais privatizados

doresUm empreendedor do ramo da agricultura que não quis se identificar fez o alerta para que o Governo do Estado e a prefeitura, através de seus departamentos de Vigilância Sanitária, não deixem de fiscalizar a venda de alimentos durante as festividades carnavalescas. A preocupação dele é com a grande festa que está sendo organizada pelo setor privado (já que não haverá a folia popular) no estacionamento do Estádio Arena da Floresta.

O agricultor disse que a falta de cuidados com determinados alimentos, feitos à base de produtos agrícolas, que são vendidos por ambulantes durante estas festas públicas podem causar intoxicações massivas graves, resultar em danos irreversíveis ao organismo e, em alguns casos, levar até à morte.

Entre estes produto, o palmito é o de mais alto risco. O denunciante alertou que o palmito possui um tipo de bactéria que, se não for mantido e preparado em ambientes higiênicos, pode gerar um quadro grave de intoxicação na pessoa. Uma das consequências desta infecção são as toxinas da Clostridium botulinun (o famoso butolismo), que pode causar a paralisia dos músculos respiratórios (e isso pode ser fatal a quem ingeriu o alimento).

Outro produto agrícola que pode causar problemas sérios é o pimentão. O alimento pode ser infectado com tipos de fungos e bactérias que causam vários males na intoxicação a um ser humano. Entre eles, a pior das sequelas é a insuficiência renal.

Alguns alimentos que podem ser nocivos pelo excesso de agrotóxicos ou pela falta de higiene em seus preparos são a alface, o pepino, o morango e a cenoura.   

“Muita gente fala em uma tragédia como a do Santa Maria/RS, onde a fumaça que saiu das espumas no palco intoxicou mais de 200 pessoas. Foi trágico, mas se as autoridades daqui não fiscalizarem, severamente, em cima da procedência e da preservação destes produtos, poderemos ter neste carnaval um quadro grave de intoxicação alimentar”.

Fiscalização será rígida – A Vigilância Sanitária garantiu que, para evitar os temores do agricultor, irá fiscalizar todos os espaços de alimentação na festa carnavalesca tanto do Arena da Floresta, quanto nas folias maiores dos bairros. Na área de alimentação do Arena, mais de 45 agricultores do projeto de economia solidária vão vender comidas típicas da região. Na parte externa, serão mais de 80 barracas. Todas passarão por revistas quanto ao preparo e condições de armazenamento dos produtos, da Vigilância.

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