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Com 851 cadastros, Acre é o estado com menor número de doadores de medula óssea

A leucemia é uma doença fatal que gera uma verdadeira corrida contra o tempo para as suas vítimas. A sua cura, em muitos casos, está relacionada ao transplante da medula óssea (TMO). Mas, se depender do número de doadores, os pacientes de leucemia acreanos devem ficar preocupados. É que o Acre é o estado que tem menos pessoas cadastradas no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (o Redome). Daqui, há apenas 851 doadores no sistema.

Atualmente, a procura por medulas ósseas no Brasil é maior do que o número de doadores no Acre. Ao todo, 1.050 pessoas estão em busca de um doador. O grande problema destas contas é que a busca não é só por um doador qualquer. A medula dele tem de ser compatível com a da pessoa que vai receber a medula (o receptor). Por isso, é sempre importante ter um número bastante alto de doadores (o aconselhável é até 100 vezes mais do que o de gente procurando).

O Redome possui 802.102 doadores em todo país. O Acre representa 0,1% deste universo de doadores.

Outro obstáculo para a doa-ção de medulas ósseas no Estado – e no restante do país, de forma geral – é a disponibilidade de vagas no sistema de Saúde pública, o SUS, para fazer o transplante. O Ministério da Saúde está trabalhando para superar esta dificuldade. Mas, enquanto estes problemas persistem, linfomas de pacientes vão evoluindo até quadros graves de leucemia.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), 4.500 homens e 4.000 mulheres tiveram leucemia no Brasil, em 2012. No mundo, a doença atinge mais de 300 mil pessoas por ano (em torno de 250 mil acabam em óbito). A Leucemia é a doença cancerígena mais comum entre crianças. Ela é responsável por mais de 30% dos casos.

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