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Festival de Cinema Acreano começa nesta segunda

Alberto QueirozDe 25 de fevereiro a 02 de março, na Biblioteca da Floresta, acontece a décima edição do Festival de Cinema Acreano. Durante a semana, filmes produzidos na Capital e interior do Estado serão exibidos. O evento é realizado pela a Associação Acreana de Cinema (Asacine), em parceria com a Fundação Elias Mansuor e apoio da Fundação Municipal de Cultura Garibaldi Brasil e do Serviço Social do Comércio (Sesc).

De acordo com o cineasta Adalberto Queiroz, presidente da Asacine e coordenador do festival, será comemorado os 40 anos de produção, formação, circulação e veiculação de filmes no Acre. “Hoje, 40 anos depois, estamos cultuando essas iniciativas e estreitando os laços com a comunidade, além de divulgar mais o nosso trabalho, homenageando as instituições e pessoas que tem nos apoiado. O festival é um momento de comemorar com alegria esses anos de vitória”.

O 10º festival tem a característica de não ser competitivo. “Vamos procurar contemplar todos os produtores de audiovisual, que nesses 40 anos foram influenciados por nossa iniciativa de fazer cinema e película em 1973. Fizemos os primeiros festivas em 1978, quando o filme “Xadrez”, feito por Binho Marques e Sílvio Margarido foram os vencedores. Daí por diante, os festivais continuaram e o crescimento quantitativo de adeptos ao audiovisual”, enfatizou o cineasta.

Adalberto explicou que o ato de abertura é um momento de discutir o cinema e mostrar novas produções que estão em lançamento. “São quatro décadas dentro desse aspecto da comunicação acreana.

Quando começamos o cinema adentramos pelo viés da educação, levando os filmes às escolas para mostrar que o cinema, enquanto veí-culo de comunicação pode auxiliar no processo de ensino e aprendizagem, enriquecendo o patamar de cultura da juventude. Hoje isso acontece com mais intensidade. Fomos o primeiro movimento organizado de cultura do Estado e influenciamos a criação do Departamento de Ações Culturais. O Acre teve um olhar para o lado da cultura, que é uma coisa tão importante, que edifica e cria uma identidade. O perfil do povo é a cultura que ele pratica”.

Na estréia do festival, cinco filmes serão apresentados. “Teremos a apresentação do documetário “130 anos da cidade de Rio Branco”, feito pelo Gilberto Trotamundos, um filme mostrando a importância do daime, origem e relação com a floresta feito pelo cineasta Sérgio Carvalho, “Mapinguari – A Lenda”, uma animação feita por Emilson Amorim e um filme sobre Osvaldo Moura de Oliveira, um seringueiro de 92 anos que após viver 60 anos nos seringais, decidiu se alfabetizar. Ao saber desse acontecimento, trasformamos essa atitude dele em filme, pois muitos jovens hoje não valorizam a educação. Outro filme apresentado será o “Empate”, feito por mim e pelo professor Valdir Calixto. Ele fala sobre o movimento que se ergueu na década de 70 e 80 para barrar as grandes derrubadas e queimadas que aconteceram na época. Procuramos ir à divesos seringais e conversar com os agentes diretos desse movimento”.

Ao longo do ano, atividades como esta continuarão sendo realizadas. “Pretendemos estender essas ações pelos municípios acreanos, desde o baixo ao alto Acre. Além disso, desde agora até dezembro iremos fazer diversas mostras de autores, da Usina de Arte João Donato, dos cineclubes. Vamos homenagear pessoas, autoridades e instituições”, finalizou Adalberto.

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