O gerente de projetos da Nic.br (Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR), Fabrício Tamusiunas, adiantou alguns resultados de testes que o órgão fez com a internet brasileira, ao longo do ano passado. A surpresa negativa para os acreanos é que o Estado foi avaliado pela Nic.br como o local com a pior transferência de dados da internet do país.
A transferência de dados é o que torna a internet mais veloz. Quando um internauta entra em um site, ele acess aos dados do servidor dele e daí há a transferência de dados. Quando há muitos visitantes, o servidor do site tem que ser maior para comportar tantas visitas. Como a transferência de dados daqui é mais lenta, significa que a troca de dados é mais vagarosa e os servidores locais têm que ser maiores também para suprir esta lentidão nos dados.
A região Norte brasileira obteve resultados insatisfatórios nos testes de internet a cabo ou de telefone fixo. O valor de perda de pacotes chegou a ser de 6% no Amapá. Já o Acre e outros 5 estados da região apresentaram valor superior a 2%. A perda de dados acima de 2% já começa a prejudicar bastante o funcionamento da intenet.
Já a latência – ou RTT – da internet de dispositivos móveis 3G acreana foi avaliada como sendo de 190 milissegundos (MS). A média normal é de 150 a 200 ms. Por isso, a web de celulares locais sofrem mais delays.
Todos os dados foram extraídos da medição da qualidade de internet feitas pelo Simet, que é uma ferramenta online interativa do Nic.br à qual os usuários podem consultar a velocidade de rede de seus computadores ou dispositivos móveis. Seu site é simples: simet.nic.br.
A divulgação aconteceu durante a palestra do gerente Fabrício Tamusiunas, intitulada ‘Medindo a Qualidade da Internet Brasileira’, que foi ministrada na terça da última semana, dia 29, durante a Campus Party, no Parque Anhembi de São Paulo/SP. A palestra está disponível em slideshow pelo link: www.slideshare.net/S2Publicom/campus-party-2013medindoaqualidadedainternetnobrasil. A apresentação dele é um resumo adiantado do estudo da Nic.br, que terá o sue relatório final divulgado apenas daqui a 2 meses, em abril.
