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OPERAÇÃO DELIV: Pecuarista Assuero Veronez nega hipótese de ‘perseguição política’

VeronezAparentando tranquilidade, o pecuarista Assuero Veronez, prestou depoimento ontem no interrogatório ocorrido na 2ª Vara da Infância e Juventude. Ele descartou qualquer relação do processo da Delivery com “perseguição política”. “Nunca falei isso. Não posso falar. Não tenho prova de que tenha havido isso”, afirmou.

Ele é acusado de favorecer prostituição de adolescentes e integra o grupo de 22 acusados envolvidos na Operação Delivery. “O processo está em segredo de Justiça. Eu ainda estou me defendendo. Acredito na minha absolvição”, disse, logo após o depoimento prestado ao próprio juiz da 2ª Vara da Infância e Juventude, Romário Divino.

Acompanhado de três advogados de defesa, Veronez foi muito assediado pela imprensa. “Vou provar minha inocência”, avisou. “No momento certo falarei com a imprensa”. O depoimento do pecuarista Assuero estava agendado para hoje, mas foi antecipado.

O pecuarista Adálio Cordeiro já está em Rio Branco e deve depor somente no dia 18 de fevereiro, após o carnaval. Ontem, o advogado de defesa de Adálio, Emilson Brasil, entrou com um pedido de adiamento alegando falta de condições de saúde do cliente. Foram apresentados ao juízo documentos que comprovam tecnicamente o pedido.
De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça, isso não deve atrapalhar o andamento do processo.

O vereador pelo PCdoB, Fernando Martins e o empresário Marcelo Moniz Mesquita foram outras duas pessoas envolvidas na Operação Delivery que depuseram ontem na fase de interrogatório. Romara Mota, uma das aliciadoras presas no início da operação, foi a única integrante da rede de prostituição que depôs ontem.

Mais de 90 pessoas foram ouvidas pelo juiz da 2ª Vara da Infância e Juventude, Romário Divino. “Alguns negaram [as acusações]; outros negaram em parte”, informou o juiz. Romário Divino não quis comentar a informação de que uma das adolescentes teria sido subornada por um dos acusados. “Eventuais declarações estão em fase de avaliação judicial”.

O promotor de Justiça Mariano George de Sousa Melo acredita na condenação dos aliciadores e também de alguns dos clientes da rede de prostituição, mas não quis detalhar a expectativa em relação ao julgamento diante das provas reunidas. Hoje, mais quatro acusados serão ouvidos no interrogatório.

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