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OPERAÇÃO DELIVERY: Agora livre, Assuero Veronez depõe semana que vem em Rio Branco

A Câmara Criminal concedeu harbeas corpus em favor do pecuarista Assuero Veronez, acusado de favorecer prostituição de adolescentes. Veronez estava foragido da Justiça desde o fim do ano passado.

A partir de terça-feira da semana que vem, começam os interrogatórios com todos os 22 acusados pela Operação Delivery. O pecuarista já confirmou, via advogados, que vai depor normalmente. “Ele está solto e vai depor normalmente”, assegurou o advogado de defesa Ciro Facundo de Almeida.

A decisão da Câmara Criminal não foi unânime. Votaram favorável ao réu os desembargadores Francisco Djalma e Pedro Ranzi. A desembargadora Denise Bonfim foi o voto discordante.
A decisão teve um caráter estritamente técnico. O que fundamentava o pedido de prisão preventiva de Assuero Veronez era a possibilidade de, uma vez livre, viesse a coagir testemunhas de acusação.

Tecnicamente, o termo utilizado para as supostas ameaças que Veronez provocaria junto às testemunhas é “perigo à instrução processual”. Como a fase de oitivas foi finalizada na semana passada, o argumento que sustentava o pedido de prisão foi naturalmente superado.

“O argumento era que a pessoa solta pudesse influenciar na colheita das provas”, analisou o advogado e desembargador aposentado.

Munido de uma certidão da 2ª Vara da Infância e Juventude comprovando que a primeira fase de depoimentos havia sido encerrada, o advogado de defesa Cristopher Capper Mariano de Almeida, integrante da banca de Ciro Facundo, sustentou que já não havia sentido a negação do habeas corpus.

Tanto Cristopher Capper quanto Ciro Facundo descartam a possibilidade de execução da estratégia de desmembramento do processo, como forma de retardar o julgamento. “Nem se cogita essa possibilidade”, afirmou Facundo. Ninguém quer atrapalhar a marcha processual”.

“Não há nenhum pedido por parte dos advogados de defesa nesse sentido”, afirmou o advogado Cristopher Capper Mariano de Almeida.
Ciro Facundo: “Esse processo tem dois réus”

O desembargador aposentado e advogado de defesa de Assuero Veronez, Ciro Facundo de Almeida avalia que os dois meses anunciados pelo juiz Romário Divino muito curto. “Existe uma pressa na conclusão do processo em razão dos nomes”, afirmou. “Esse processo tem dois réus: Assuero e Adálio. O resto pouco interessa”. Para o desembargador aposentado, “houve uma publicidade excessiva do fato”.

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