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Prefeito de Lucas do Rio Verde/MT anuncia audiência de ferrovia que ligará o Acre ao RJ

A ‘Ferrovia Transcontinental’ (a EF-3540) aos poucos está começando a sair do papel. O prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta, anunciou na última quarta (5) que será realizada uma audiência pública, neste mês, para discutir a procura por investidores e a privatização das obras no 1º trecho de 1.040 Km da ferrovia em questão.  Pivetta também anunciou que a Valec – Engenharia, Construções e Ferrovias não é mais a gestora do projeto.
ferrovia
A partir de agora, por determinação da presidenta Dilma Rousseff, em dezembro, foi criada a EPL  S.A. (Empresa de Planejamento e Logística). Ela é que ficará no lugar da Valec.  

Este 1º trajeto é popularmente chamada de Fico (Ferrovia de Integração do Centro-Oeste). Ele ligará Campinorte/GO (a 300 Km de Goiânia) até a cidade mato grossense de Lucas do Rio Verde (que fica a 354 Km de Cuiabá). O edital para tal etapa estava agendado para sair em março, mas como houve a mudança da empresa que iria gerir a ferrovia, ele deve atrasar um pouco.

Outro atraso pode acontecer no prazo previsto para a conclusão das obras da Fico, que inicialmente estava marcado para o final de 2014. O projeto desta 1ª parte está orçado em R$ 4,1 bilhões, mas esta dinheiro viria de fontes públicas. Só que agora, com a privatização do projeto, as verbas terão de partir do setor privado. E a busca de financiadores deve atrasar os trabalhos.

A 2ª parte da ‘Fico’ deverá ter mais  598 Km e partirá de Campinorte/GO até o município na divisa do Mato Grosso com Rondônia: Vilhena. Esta 2ª etapa está orçada em mais R$ 2,3 bilhões.

De forma clara, a ‘Fico’ é a 1ª parte de um projeto maior do Governo Federal, que é a ligação ferroviária do litoral norte do Rio de Janeiro até as cidades acreanas na divisa fronteiriça do Peru com o Brasil (região peruana conhecida como ‘Boqueirão da Esperança’). Esta grande ferrovia é a que se chama de ‘Transcontinental’. Ao todo, o empreendimento promete ser um marco para a logística de transporte comercial de todos os estados ao qual ele vai passar no Brasil (Acre, Rondônia, Mato Grosso, Goiás e Rio de Janeiro).

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