Um levantamento nacional feito pelo Portal da UOL indica que o Acre tem a 11ª melhor proporção demográfica de bombeiros do país. Com efeito, a pesquisa revela que o Corpo de Bombeiros do Estado possui um efetivo de 279 homens (e mulheres). Assim, o número de ‘soldados do fogo’ para atender cada 1 mil habitantes é de 0,38 (2,63/ 100 mil habitantes). O índice do Acre é 3 centésimos superior à média nacional, que é de 0,35 bombeiros para atender cada grupo de 100 mil brasileiros (ou seja, o Brasil inteiro possui um efetivo de 68.555 bombeiros para 190,755 milhões de pessoas).
Mas, apesar do índice demográfico bem posicionado no ranking nacional, o Corpo de Bombeiros do Estado ainda tem dados negativos, de acordo com a UOL. As leis brasileiras fixam um teto de 50% nas corporações de bombeiros entre os 26 estados brasileiros. O CBM/AC tem um índice de apenas 15,9% do máximo de funcionários previsto. Este, segundo o portal de notícias, é a pior taxa nacional, seguida por Roraima (19,2%), Piauí (24,9%), Mato Grosso (26,8%) e Amazonas (27,2%).
Pelas mesmas leis, há uma brecha que permite que cada município crie os seus corpos de bombeiros com apenas 1 efetivo. É que eles não especificam uma cota mínima para se abrir uma corporação.
Outro indicador pessimista para o Acre, segundo a UOL, é que a NFPA (National Fire Protection Association), entidade dos Corpos de Bombeiros dos EUA, recomenda uma taxa de 0,5 a até 2,7 de bombeiros para cada 1 mil habitantes. Isto é, ainda faltaria uma melhora de 0,12 (89 bombeiros) para o Acre atingir o mínimo da cota exigida pela associação norte-americana. Apenas 5 estados do país estarão dentro do aceitável por este indicador: o Distrito Federal (2,25 bombeiros); Amapá (1,33 bombeiros); Rio de Janeiro (0,98 bombeiros); Roraima (0,59 bombeiros); e o MS (0,54 bombeiros).
Vale destacar que a UOL usou dados próprios, não levando em conta atualizações do IBGE para os totais de pessoas (do Acre, o portal utilizou o número de 733.559 habitantes, quando o instituto já estima mais de 760 mil habitantes no Estado) e nem das secretarias estaduais de Segurança Pública para os quantitativos de bombeiros em suas corporações.
A justificativa da maioria dos estados para os déficits nas corporações de bombeiros são os seus orçamentos apertados e percentuais já estourados para a contratação de pessoal.